Comitiva do Brasil na ONU custou mais de R$ 4 milhões

Os custos da presença brasileira na 80ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, realizada em Nova York, ultrapassaram R$ 4,3 milhões, com uma delegação de pelo menos 110 representantes do governo Lula e de órgãos federais.

Os valores, detalhados até a quarta-feira, 24, no Portal da Transparência, incluem R$ 2,8 milhões em hospedagem e R$ 1,5 milhão para aluguel de veículos.

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O Ministério das Relações Exteriores informou que os gastos totais ainda estão sendo contabilizados, com divulgação completa prevista no Portal da Transparência.

A delegação envolveu ministros, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, além de representantes do Banco do Brasil e do BNDES.

Comitiva do Brasil durante a Abertura do Debate Geral da 80.ª Sessão Ordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas | Foto: Ricardo Stuckert / PR

Apesar de a lista oficial da comitiva de 2025 ainda não ter sido publicada no Diário Oficial, os dados já consideram diversos membros do alto escalão.

Em 2024, despesas com a comitiva presidencial chegaram a R$ 8 milhões, conforme informações do governo em resposta à Câmara dos Deputados.

No ano anterior, a representação brasileira nos Estados Unidos chegou a 161 pessoas, incluindo oito ministros.

Não é possível comparar integralmente o tamanho das comitivas de 2024 e 2025, pois nem todos os registros, como diárias, estão disponíveis.

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Cada órgão federal adota critérios próprios para informar os nomes dos participantes, o que dificulta a transparência.

Entre os não listados oficialmente estão profissionais das equipes médica e de segurança do presidente.

Participação ministerial

Lula viajou no domingo 21, acompanhado dos ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Camilo Santana (Educação), Márcia Lopes (Mulheres), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Jader Barbalho (Cidades), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Marina Silva (Meio Ambiente).

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, não participou devido a restrições impostas pelo governo Donald Trump à sua circulação em Nova York.

Lewandowski também teve o visto suspenso, mas conseguiu autorização no dia 16. Fernando Haddad (Fazenda) optou por não comparecer ao evento.

Leia também: “A ONU e Lula continuam os mesmos. Trump e o mundo, não!”, artigo de Adalberto Piotto, publicado na Edição 289 da Revista Oeste

Fonte: Revista Oeste

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