Denúncias sobre visitas em horários e dias não autorizados ao ex-deputado Daniel Silveira motivaram o afastamento da direção da Colônia Agrícola Marco Aurélio de Mattos, localizada em Magé (RJ). A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro afirmou que a medida foi adotada na quinta-feira 4, depois que o caso chegou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi confirmada por Oeste.
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Moraes tomou conhecimento das denúncias em 27 de agosto e, no dia seguinte, solicitou esclarecimentos ao responsável pela unidade e pediu as imagens do circuito interno. De acordo com a Seap, o material bruto de videomonitoramento já foi recolhido, enquanto a secretaria aguarda o pedido formal do STF para encaminhar os arquivos.
Irregularidades nas visitas a Daniel Silveira
Documentos enviados ao STF indicam que Daniel Silveira recebeu visitas em datas e horários incompatíveis com as normas aplicadas aos demais internos. Entre os que estiveram no local estão o ex-vereador Major Elitusalen Gomes Freire, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) e o secretário de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis, tenente coronel Guilherme Costa de Souza Moraes.
O diretor da colônia agrícola informou que esses encontros ocorreram entre 4 e 24 de junho, sem aviso prévio à Seap. Segundo relatos, os visitantes foram instruídos de que o acesso a Daniel Silveira dependia de autorização antecipada do STF, o que não ocorreu nas situações investigadas.
Com base na apuração interna, a Seap justificou o afastamento da direção por ter permitido a entrada dos visitantes sem consentimento, em decisão considerada insubordinada. Daniel Silveira cumpre pena de oito anos e nove meses de prisão, imposta em 2022 por críticas ao STF, supostas ameaças ao Estado Democrático de Direito e coação.
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Fonte: Revista Oeste
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