Deputada pede audiência sobre violência política em universidades

A deputada federal Carol De Toni (PL-SC) apresentou requerimento à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados para propor a realização de audiência pública para discutir a escalada da violência política nas universidades brasileiras.

Segundo a parlamentar, casos de intimidação, ameaças e agressões em ambientes acadêmicos colocam em risco direitos constitucionais, como a liberdade de expressão e a autonomia universitária.

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O documento, protocolado na última sexta-feira, 19, menciona episódios no Brasil e no exterior. Entre eles, o assassinato do ativista norte-americano Charlie Kirk, em 10 de setembro, durante evento na Universidade do Vale de Utah. De Toni também citou relatos de estudantes e professores brasileiros que sofreram hostilidades em universidades federais.

A deputada sugeriu nomes para participar da audiência, como os vereadores Lucas Pavanato (PL-SP) e Rafael Satiê (PL-RJ), o advogado Jeffrey Chiquini, vítima de agressão em recente episódio na Universidade Federal do Paraná (UFPR), e a presidente do Novo Jovem, Isadora Piana.

De acordo com o requerimento, o debate deve reunir especialistas, representantes estudantis, juristas e autoridades de segurança. O objetivo é coletar informações e propostas que possam subsidiar futuros projetos de lei sobre o tema.

Liberdade de expressão é ameaçada por hegemonia da esquerda nas universidades

Uma reportagem da Edição 288 da Revista Oeste, assinada por Branca Nunes e Mateus Conte, mostra que o problema tem dimensões maiores. O texto descreve como o ambiente universitário, antes associado ao livre debate, passou a ser marcado por episódios de hostilidade ideológica. A publicação recorda o caso Kirk e também situações envolvendo estudantes brasileiros punidos por divergências políticas.

“O espaço que deveria abrigar o contraditório tornou-se um local de sufocamento da diversidade de ideias”, diz a reportagem.

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Pesquisas citadas no material revelam a predominância da esquerda dentro das universidades. Em Harvard, três em cada quatro professores se identificam como progressistas ou de extrema-esquerda, enquanto apenas 3% se declaram conservadores. No Brasil, levantamento feito pelo Instituto Sivis com cerca de mil estudantes de instituições públicas e privadas apontou que 46,9% dos entrevistados se alinham à esquerda.

Outro episódio destacado é o de Wilker Leão, ex-aluno da Universidade de Brasília (UnB), expulso em 2024 após gravar aulas em que criticava professores por suposta doutrinação. Ele alega ter sofrido perseguição e afirma que o processo foi marcado por irregularidades. O caso ganhou maior repercussão depois que a Justiça do Distrito Federal o condenou por calúnia e difamação contra um docente.

Leia também: “Universidades do ódio“, reportagem de Branca Nunes e Mateus Conte publicada na Edição 288 da Revista Oeste

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Fonte: Revista Oeste

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