Novas sanções ocorrem na véspera do discurso de Lula na ONU

O anúncio de novas sanções dos EUA a brasileiros, nesta segunda-feira, 22, ocorre na véspera do discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. O petista será o primeiro a discursar.

Lula chegou aos EUA neste domingo 21. O presidente está acompanhado de ministros como Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Camilo Santana (Educação), Márcia Lopes (Mulheres) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas).

Celso Amorim, assessor especial da Presidência, e o governador do Ceará, Elmano de Freitas, também integram a comitiva.

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Mais cedo, nesta segunda, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou a inclusão de Viviane Barci de Moraes, mulher do ministro Alexandre de Moraes, nas sanções financeiras e territoriais da Lei Global Magnitsky, que já atingem o ministro desde 30 de julho.

Momentos depois, a agência Reuters informou sobre a revogação do visto norte-americano do advogado-geral da União, Jorge Messias. Ele confirmou a medida por meio das redes sociais. Segundo Messias, as sanções dos EUA são “injustas”.

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EUA revogaram os vistos de oito ministros do STF

A revogação do visto de Jorge Messias se soma à decisão anunciada em julho, quando os EUA suspenderam os vistos de Moraes e de outros sete ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os ministros que perderam o direito de entrada nos EUA foram:

  • Luís Roberto Barroso, presidente do STF;
  • Edson Fachin, vice-presidente;
  • Dias Toffoli;
  • Cristiano Zanin;
  • Flávio Dino;
  • Cármen Lúcia; e
  • Gilmar Mendes.

Além deles, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, também teve o visto suspenso. Os ministros André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux ficaram de fora da lista.

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Sanções podem atingir juízes citados na Vaza Toga

De acordo com a Reuters, juízes citados no escândalo que ficou conhecido como Vaza Toga também estariam na mira de novas sanções dos EUA.

Fontes ligadas à Casa Branca teriam dito que o governo Trump pretende cancelar os vistos de outras cinco autoridades brasileiras ligadas ao governo Lula ou ao Judiciário:

  • José Levi do Amaral, ex-advogado-geral da União e ex- secretário-geral do ministro Alexandre de Moraes, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE);
  • o ex-juiz eleitoral Benedito Gonçalves;
  • o juiz auxiliar e assessor do Supremo Tribunal Federal (STF), Airton Vieira;
  • o ex-assessor eleitoral Marco Antonio Martin Vargas; e
  • o juiz Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, braço direito de Moraes.

Todos eles citados nas revelações do escândalo da Vaza Toga, que apontou a atuação da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) como estrutura investigativa a partir de agosto de 2022, durante a presidência de Moraes no TSE, para monitorar e produzir relatórios direcionados a determinados cidadãos – sobretudo críticos ao magistrado e de vertente política de direita.

Leia também: “Anistia ou Anistia”, artigo de Alexandre Garcia, publicado na Edição 288 da Revista Oeste

Fonte: Revista Oeste

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