Governo Lula esconde pesquisas encomendadas pelo Planalto

O governo Lula da Silva deixou de divulgar temas de pesquisas que o Palácio do Planalto encomendou para medir a avaliação dos brasileiros sobre políticas públicas, entre outros assuntos. Conforme reportagem do jornal Folha de S.Paulo, o acesso a esse tipo de informação era possível na gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Até setembro de 2024, no atual mandato do petista, a consulta mantinha-se disponível a partir de documentos no site da Secretaria de Comunicação Social (Secom). Contudo, depois desse período, o governo restringiu as informações a dados superficiais. 

Governo Lula muda práticas de acesso

Os conteúdos indicam critérios de aplicação das pesquisas, mas escondem os temas e as finalidades, diz a reportagem. A Secom não se pronunciou sobre o caso. A única justificativa, conforme processos administrativos, é que as pesquisas referem-se a ‘documentos preparatórios’.

Até agosto de 2024, o governo chegou a medir a opinião de amostras da população brasileira acerca de temas como a atuação petista nas enchentes no Rio Grande do Sul, a crise no Oriente Médio e até uma operação que investigava um plano para assassinar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

Leia também: “Uma bomba chamada Correios”, reportagem de Uiliam Grizafis e Lucas Cheidi publicada na Edição 287 da Revista Oeste  

Depois da divulgação desses tópicos pela imprensa, a Secom parou de informar os temas em relatórios de pagamento. Da mesma forma, ocultou o processo em respostas à Lei de Acesso à Informação (LAI).

Entre setembro de 2024 e setembro de 2025, há o registro de pagamento para 41 pesquisas. Pelo menos cinco delas tiveram aplicação presencial. As demais ocorreram por telefone.

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Para justificar a omissão, o governo cita parecer da Controladoria-Geral da União (CGU). O documento afirma que os levantamentos são preparatórios, “não constituem dado frio” e que sua divulgação poderia prejudicar a formulação de políticas públicas.

A CGU sustenta que os relatórios só devem ganhar publicidade ao fim do mandato presidencial ou depois da implementação das políticas sob análise. Além disso, alerta que a divulgação poderia distorcer informações e expor métodos de pesquisa, considerados parte da expertise das empresas contratadas.

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Fonte: Revista Oeste

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