Um grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro realizou neste domingo, 31, uma carreata em Brasília. A mobilização partiu da Torre de TV e terminou no condomínio do Lago Sul, onde ele cumpre prisão domiciliar. O ato teve bandeiras do Brasil, de Israel e dos Estados Unidos, além de faixas contra o ministro Alexandre de Moraes, Supremo Tribunal Federal (STF).
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Em frente ao local, os manifestantes fizeram orações, gritaram palavras de ordem contra Lula e pediram a volta do ex-presidente ao Planalto. Entre os cartazes, estavam mensagens como “Fora, Moraes”, “Anistia já” e “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”.
Em vídeo, o desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) e advogado, Sebastião Coelho, apoiador de Bolsonaro, explicou o objetivo da iniciativa. Filiado ao Novo, Coelho será candidato ao Senado em 2026.
“Essa nossa luta é por liberdade, por anistia e pelos presos do 8 de janeiro”, afirmou ele.
“Não pode continuar esse arbítrio, esse abuso praticado por Alexandre de Moraes. O conservador não tem outro tema a tratar, é ‘fora Moraes’ e anistia para todos.”
Apoio a Bolsonaro antes de julgamento
O julgamento do ex-presidente terá início nesta terça-feira, 2, pela Primeira Turma do STF. Ele e outros sete réus são acusados de participação na suposta tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022. As sessões vão até 12 de setembro e podem somar 27 horas de análise.
O relator Alexandre de Moraes abrirá os trabalhos com a leitura de seu relatório, prevista para durar uma hora e meia. Depois, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá duas horas para defender a condenação. Em seguida, cada advogado de defesa terá uma hora de fala. A primeira semana deve consumir mais de dez horas de julgamento.
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A Corte montou um esquema de segurança reforçado. O acesso ao plenário será restrito a credenciados, que passarão por detectores de metais e revistas. Veículos serão vistoriados e cães farejadores inspecionarão o prédio. Copos de vidro foram substituídos por descartáveis, e apenas ministros, advogados e réus poderão beber água e café no recinto.
Na Praça dos Três Poderes, a segurança será ampliada em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Drones com câmeras térmicas vão monitorar a movimentação ao redor. Também haverá vigilância digital permanente para prevenir ataques cibernéticos durante o julgamento.
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Alguns acusados, como o tenente-coronel Mauro Cid, decidiram não comparecer ao plenário. A análise ficará a cargo dos cinco ministros da Primeira Turma, em meio a um dos maiores esquemas de proteção já montados pelo STF.
Fonte: Revista Oeste
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