Câmara tem sessões virtuais em semana de julgamento do golpe

A semana começou com mudanças na rotina da Câmara dos Deputados, enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) dá continuidade no julgamento do grupo acusado de planejar um suposto golpe de Estado. O presidente da Casa Legislativa, Hugo Motta (Republicanos-PB), determinou que as sessões deliberativas sejam semipresenciais e permitiu que parlamentares registrem presença e votem de forma remota.

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Com a flexibilização, espera-se um esvaziamento da Casa e inclusão apenas de pautas consideradas de fácil consenso, de modo a evitar temas que possam gerar controvérsias. A movimentação ocorre em meio ao aumento das articulações nos bastidores por uma possível anistia aos envolvidos nos atos do 8 de janeiro.

Negociações pela anistia na Câmara

Fachada do Congresso Nacional, que abriga a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, em Brasília (DF)
Fachada do Congresso Nacional, que abriga a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, em Brasília (DF) | Foto: Divulgação/ Senado Federal

Apesar de a agenda no plenário estar menos agitada, as negociações pela anistia seguem entre os partidos. Nesta segunda-feira, 8, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), tem encontro marcado com Hugo Motta para discutir o tema. A oposição ganhou ânimo diante da sinalização da presidência da Casa sobre um possível avanço da proposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Cavalcante afirmou que Motta teria se comprometido a pautar o projeto de perdão, embora não haja previsão de data para a votação. O cenário teve influência da saída de União Brasil e Progressistas da base aliada, além das negociações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Julgamento no STF entra na fase final

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No âmbito do STF, o julgamento dos principais acusados, do chamado “núcleo 1”, entra na fase final nesta semana. Já nesta terça-feira, 9, os ministros da 1ª Turma votam para decidir sobre a condenação ou absolvição de Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus. O relator Alexandre de Moraes inicia a leitura do voto, seguido por Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

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Para garantir a conclusão do julgamento, o presidente da 1ª Turma, Cristiano Zanin, agendou sessões extras para quinta-feira, 11. Com isso, os ministros se reúnem ao longo de toda a semana, incluindo terça, quarta, quinta e sexta-feira, para analisar o caso envolvendo o ex-presidente e os demais réus.

Fonte: Revista Oeste

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