Deputado aciona MP contra acampamento pró-Palestina na USP

As manifestações antissemitas nas universidades se intensificaram depois que o Hamas abriu fogo contra Israel em outubro de 2023. Instituições de vários países aderiram aos protestos, assim como no Brasil. Quase dois anos depois do ataque, alunos da Universidade de São Paulo (USP) insistem em protestar contra o Estado de Israel. Alguns estudantes marcaram, para esta quarta-feira, 24, um acampamento pró-Palestina dentro do campus.

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A ação causou indignação em políticos paulistas. O deputado estadual Guto Zacarias (União Brasil-SP), por exemplo, acionou o Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra o acampamento. O parlamentar alega “possível incitação à discriminação e ao ódio contra a comunidade judaica”.

Estudantes da USP e as organizações terroristas

O evento, que vai ocorrer no Vão da História e Geografia da USP, convoca os estudantes para se reunirem por uma “Palestina livre”. Contudo, segundo a denúncia, o material de divulgação mostra mensagens de boicote a Israel e apoio a organizações ligadas ao terrorismo.

Para Zacarias, não se trata de uma ação voltada ao povo palestino, “mas de uma exaltação ao Hamas”. O parlamentar afirma que isso representa “um risco grave e inaceitável”. O deputado pede que o MPSP atue de forma imediata para impedir a realização do ato.

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O político ressalta, ainda, a necessidade de proteger tanto a comunidade acadêmica quanto a sociedade em geral. “Os manifestantes rompem os limites da liberdade de expressão, ao flertarem com o extremismo”, disse Zacarias.

O objetivo do acampamento, segundo o deputado, é:

  • exigir a ruptura da USP com os convênios com universidades israelenses;
  • exigir que o Brasil rompa todas as relações com Israel; e
  • impulsionar o boicote geral a Israel.

O que diz a lei brasileira

Zacarias lembrou que a legislação brasileira, em especial na Lei nº 7.716/89, tipifica como crime a prática, a indução ou a incitação ao preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

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As propostas de “rompimento de relações” e o “boicote geral”, segundo o deputado, podem ser interpretadas como uma forma de incitação à discriminação e ao ódio contra a comunidade judaica.

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Fonte: Revista Oeste

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