Diálogo de Lula e Trump adia análise da Lei da Reciprocidade

A avaliação do governo brasileiro sobre possíveis retaliações comerciais aos Estados Unidos foi adiada, pois autoridades consideram que uma aproximação entre Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode influenciar o andamento da Lei de Reciprocidade. O tema entrou em compasso de espera logo depois do presidente norte-americano sinalizar positivamente ao líder brasileiro durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas.

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A decisão de postergar a análise ocorreu na terça-feira 23, quando o Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) deveria deliberar sobre o início do processo. O adiamento foi solicitado pelo próprio governo antes do início da reunião, marcada para 10h30, pouco antes do discurso de Trump na ONU.

Diálogo entre Lula e Trump influencia decisões

A discussão sobre a Lei de Reciprocidade ficará suspensa por pelo menos uma semana, conforme revelou a Folha de S.Paulo. No entanto, esse prazo pode ser alterado caso Lula e Trump confirmem uma conversa, que deve ocorrer por telefone ou videoconferência. Para integrantes do Executivo, é importante que esse diálogo siga dentro do previsto.

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No fim de agosto, a secretaria-executiva da Camex confirmou ter recebido solicitação do Itamaraty para adotar medidas de reciprocidade contra os EUA, em razão das tarifas impostas às exportações do Brasil. O pleito foi compartilhado com os integrantes do Gecex, que poderia criar um grupo de trabalho para propor ações de resposta.

A tramitação previa ainda consulta pública e posterior envio para deliberação final do Conselho Estratégico da Camex. Para a reunião desta semana, estava planejada a apresentação de um relatório detalhando o impacto econômico e setorial das tarifas norte-americanas e avaliando se elas violam regras internacionais de comércio, justificando o uso da Lei da Reciprocidade.

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Apesar de não ter sido excluído da pauta, o tema não avançou, conforme documento interno do Gecex. “O Gecex tomou conhecimento da elaboração do relatório, inclusive das contribuições recebidas até o momento de diferentes órgãos do governo federal, e foi informado sobre os prazos aplicáveis para as próximas etapas do processo”, afirma o registro.

Leia também: “A anistia inevitável”, artigo de Augusto Nunes e Branca Nunes publicado na Edição 255 da Revista Oeste

Fonte: Revista Oeste

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