Esquerdistas e apoiadores de Bolsonaro brigam em Brasília

Uma briga marcou o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, 2. O incidente ocorreu nos arredores do condomínio onde ele reside, na região do Jardim Botânico, em Brasília.

O clima de tensão foi agravado por manifestações contrárias e favoráveis ao ex-chefe do Executivo. O conflito se intensificou quando manifestantes exibiram uma faixa com os dizeres “Bolsonaro na cadeia” e inflaram um boneco do ex-presidente com uniforme de presidiário.

Um morador do condomínio, identificado pela camiseta do Fluminense, tentou romper a faixa e discutiu com membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MTST), provocando tumulto na entrada do Solar de Brasília.

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No momento seguinte, apoiadores de Bolsonaro e integrantes do MTST se envolveram em empurrões e troca de xingamentos. A Polícia Militar, presente no local, interveio rapidamente e conseguiu dispersar os ânimos.

Posteriormente, integrantes da União Nacional dos Estudantes buscaram inflar outro boneco semelhante, mas foram impedidos pela polícia e seguiram para a Torre de TV, no Eixo Monumental.

O julgamento de Bolsonaro

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O ex-presidente Jair Bolsonaro, durante sessão na 1ª Turma do STF – 10/6/2025 | Foto: Mateus Bonomi/Agif/Estadão Conteúdo

A 1ª Turma do STF iniciou o julgamento de Jair Bolsonaro e mais sete acusados por uma suposta tentativa de golpe de Estado. O processo, que pode se estender até o dia 12, é relatado pelo ministro Alexandre de Moraes e tem entre os integrantes Flávio Dino, Cristiano Zanin (presidente da turma), Cármen Lúcia e Luiz Fux.

Bolsonaro é representado por nove advogados, com destaque para Celso Villardi, Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser. Os outros membros da defesa estão ligados aos escritórios contratados para o caso. Entre os réus estão Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

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A Procuradoria-Geral da República acusa o primeiro núcleo do grupo de cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Em caso de condenação, a pena mínima prevista para Jair Bolsonaro é de 12 anos de prisão, podendo alcançar até 43 anos. Se houver decisão condenatória, cada pena será estabelecida conforme a participação de cada réu e só terá execução após o trânsito em julgado, não havendo mais recursos possíveis.

Sendo ex-presidente, Jair Bolsonaro, em caso de condenação definitiva, deverá cumprir pena em cela especial, localizada no presídio da Papuda ou na Superintendência da Polícia Federal, ambos em Brasília.

Fonte: Revista Oeste

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