F1: Horner é oficialmente desligado da Red Bull com multa milionária

Christian Horner deixou oficialmente a Red Bull Racing nesta segunda-feira (22/9). O ex-chefe da escuderia foi desligado da função em julho deste ano. De acordo com a imprensa da Inglaterra, onde fica a sede da equipe austríaca, o agora ex-dirigente vai receber 80 milhões de libras (cerca de R$ 579 milhões na cotação atual) pela rescisão de contrato.

De acordo com os jornais Daily Mail e The Times, o valor acordado entre as partes para a rescisão seria menor do que receberia caso o contrato fosse cumprido até 2030. Ainda segundo a publicação, Horner poderá voltar à Fórmula 1 como acionista de outra equipe.

Em comunicado oficial, a Red Bull Racing confirmou a saída formal de Horner, mas não detalhou o acordo financeiro.

Saída conturbada após 20 anos de parceria

O casamento entre Red Bull Racing e Christian Horner chegou ao fim após 20 anos de parceria. A decisão foi tomada em meio à crise interna que o time austríaco atravessa.

Liderando a Red Bull desde 2005, Horner conduziu a equipe ao topo da Fórmula 1. Foram oito títulos de pilotos (quatro com Sebastian Vettel e outros quatro com Max Verstappen) e seis de construtores.

No entanto, o mau desempenho dos segundos pilotos nos últimos anos e o início de temporada abaixo em 2025 culminaram na troca de comando. Laurent Mekies, que estava na Racing Bulls, equipe satélite da RBR, assumiu o posto de chefe de equipe.

Acusação de assédio e desgaste interno

Em 2024, Horner foi alvo de uma investigação interna da Red Bull Racing após ser acusado de enviar mensagens íntimas para uma funcionária da equipe em um “comportamento inapropriado”.

A situação gerou impacto na posição de Horner, mesmo com a posterior absolvição. Na ocasião, a funcionária foi suspensa das atividades.

Rusgas entre o agora ex-chefe da Red Bull e Jos Verstappen, pai do tetracampeão Max Verstappen, também vieram à tona. A última discussão teria acontecido no último domingo (6/7), após o GP da Inglaterra.

De acordo com o portal alemão F1 Insider, a discussão entre os dois foi “inaudível, mas acompanhada por um tom de voz não necessariamente amigável”. Naquela corrida, Max largou na 1º posição, mas terminou em 5º lugar.