Enrique de Abreu Lewandowski, filho do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, atua como advogado da Terra Nova Trading, alvo da operação Carbono Oculto, que investiga um esquema bilionário ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
O Ministério Público de São Paulo, a Polícia Federal e a Receita Federal identificaram conexões entre a facção, o ramo de combustíveis e bancos.
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Deflagrada no dia 28 de agosto, a operação abrangeu regiões da cidade de São Paulo, além de Campinas e Ribeirão Preto. Embora de caráter estritamente investigativo, a iniciativa resultou em algumas prisões.
A apuração aponta que a Terra Nova Trading teria sido usada para movimentações ilícitas, incluindo lavagem de dinheiro e manipulação de créditos tributários.
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Em registros processuais, Enrique Lewandowski figura como defensor da empresa em casos de Direito Tributário no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com tramitações desde 2019, e também em ações no Tribunal de Justiça de São Paulo, em 2021. Ele permanece listado como advogado ativo nesses processos.
Segundo as investigações, Mohamad Hussein Mourad, apontado como figura central do esquema pelo Ministério Público, utilizava a Terra Nova Trading para importar nafta com impostos reduzidos, o que permitia a produção ilegal de combustíveis em larga escala, gerando prejuízos fiscais ao Estado.
Enrique Lewandowski nega atuação em atividades suspeitas da empresa
Ao site Metrópoles, Enrique Lewandowski disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que não atua no caso envolvendo as suspeitas de ligação com o PCC.
“O advogado Enrique Lewandowski não atua no caso citado”, diz um trecho da nota da assessoria do advogado. “Ele atua nas áreas cível e tributária para a Terra Nova Trading desde 2018. Enrique não advoga em temas criminais e não conhece processos nos quais não está constituído como representante legal.”
Em outro trecho, a nota diz que o advogado “repudia qualquer tentativa de criminalização da atividade advocatícia, reafirmando o compromisso com a legalidade e a ética profissional”.
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Fonte: Revista Oeste
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