A estratégia do Partido Liberal se concentra na busca por anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro, depois de sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ao jornal O Globo, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, afirmou que o debate sobre a sucessão presidencial só ocorrerá depois de esgotadas as tentativas de reverter a inelegibilidade do político.
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Valdemar declarou que o partido atua para aprovar a anistia no Congresso nas próximas semanas. Ele destacou a importância de resolver a situação do ex-presidente antes de discutir possíveis nomes para 2026. “Nós respeitamos a decisão do Poder Judiciário, mas queremos avançar com as negociações”, explicou, ao Globo.
Mobilização no Congresso e articulação política

O presidente do PL revelou colocar os senadores Carlos Portinho (PL-RJ) e Rogério Marinho (PL-RN) para defender a anistia no Senado. Ele mencionou apoio dos partidos União Brasil, PP e parte do PSD, além de uma busca por parceria com o Republicanos. “Não aceitaremos uma anistia que não contemple Bolsonaro”, afirmou Valdemar Costa Neto.
Sobre a possibilidade de uma candidatura sem um integrante da família Bolsonaro, Valdemar admitiu ser viável, mas frisou que tudo depende da vontade do ex-presidente. “Tem chance, sim, de a chapa não ter o nome do Bolsonaro”, disse. “Mas tudo dependerá dele, caso não possa ser candidato.”
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Indagado sobre a condução do partido sem o contato diário com Bolsonaro, Valdemar explicou que mantém diálogo com Flávio e Michelle Bolsonaro. Caso o ex-presidente seja preso, o acesso se restringirá aos advogados. “Sou administrador, não poderei atuar na defesa”, afirmou.
Valdemar comenta cenários e alternativas para 2026
Valdemar acredita que a aprovação da anistia pode ocorrer em menos de 30 dias, de modo a evitar o cumprimento da pena de Bolsonaro. “É por isso que precisamos acelerar tudo nesse tempo”, declarou. Ele avaliou que o voto do ministro Luiz Fux não abre novas possibilidades de recurso, mas considerou a manifestação positiva para o grupo político do ex-presidente.
Sobre possíveis alternativas caso Bolsonaro fique inelegível, Valdemar destacou nomes como Tarcísio de Freitas, Ratinho Jr e Romeu Zema, mas reforçou a expectativa de unidade da direita nas próximas eleições. “Minha aposta é da direita unida em 2026, ainda no primeiro turno, e unida depois disso também”, delcarou. “Não vejo fragmentação.”
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Valdemar também confirmou que Carlos Bolsonaro pretende disputar eleição por Santa Catarina. Conforme o presidente do PL, o filho de Jair Bolsonaro já alugou uma residência no Estado e deve renunciar ao mandato na Câmara dos Deputados do Rio de Janeiro até o final do ano.
Fonte: Revista Oeste


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