Em meio ao agravamento da crise entre Estados Unidos e Venezuela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou o risco de um conflito armado.
O petista também disse que o Brasil não tem “contencioso internacional” e ficará do “lado que sempre esteve, que é do lado da paz”.
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Sem mencionar a ligação do ditador venezuelano Nicolás Maduro com o narcotráfico, Lula tratou a reação dos EUA como “divergência” e sugeriu que representantes dos dois países deveriam “sentar em uma mesa de negociação”.
“Se tem divergência entre duas nações, não tem coisa melhor, mais barata, para se resolver do que sentar em uma mesa de negociação e conversar”, afirmou o presidente.
Lula deu as declarações nesta sexta-feira 5, durante entrevista concedida ao SBT News.
Escalada de tensão no Caribe
A crise entre Estados Unidos e Venezuela se intensificou depois de, na terça-feira 2, militares norte-americanos terem interceptado e abatido um barco venezuelano no sul do Caribe, resultando na morte de 11 terroristas.
O presidente Donald Trump informou que a embarcação transportava drogas ilegais.
Na mesma região, dois caças F-16 venezuelanos sobrevoaram o destróier USS Jason Dunham, da Marinha dos EUA.
Segundo comunicado do Departamento de Defesa norte-americano divulgado no X, a manobra foi considerada “altamente provocativa”.
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Reação da Venezuela
Em resposta, nesta sexta-feira 5, Nicolás Maduro anunciou a mobilização da MNB (Milícia Nacional Bolivariana) para responder ao que o ditador caracteriza como “ameaças” dos EUA, que mantêm presença militar em águas caribenhas próximas ao território venezuelano.
Maduro tomou a decisão em um contexto de tensão intensificada nos últimos dias, com os EUA ampliando sua presença na região.
Ações norte-americanas incluem o posicionamento de navios de guerra, a chegada de cerca de 4.500 militares e o envio de aviões F‑35 a Puerto Rico, em operações oficiais de combate ao narcotráfico.
A Venezuela afirma que tais medidas configuram uma ameaça direta à sua soberania, classificando-as como “extravagantes, imorais e absolutamente criminosas”.
Leia também: “Diplomacia dos excluídos”, reportagem de Uiliam Grizafis, publicada na Edição 286 da Revista Oeste
Fonte: Revista Oeste
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