‘Lulinha paz e amor está de volta’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu mudar o tom com que vinha tratando o tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil. Em claro aceno ao presidente Donald Trump, o petista resgatou o slogan criado por ele mesmo, ao acaso, durante a campanha eleitoral de 2002.

“Eles não estão dispostos a negociar”, afirmou Lula em entrevista concedida à Rádio Itatiaia, nesta sexta-feira, 29. “Se o Trump quiser negociar, o Lulinha paz e amor está de volta. Eu não quero guerra com os Estados Unidos. Quero negociar, quero a verdade em cima da mesa, quero que seja justo.”

Segundo o presidente, o governo americano tem evitado o diálogo, exemplificado pelo cancelamento, por parte dos EUA, de uma ligação entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent.

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No mesmo dia, porém, Bessent manteve reunião com o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo.

Apesar de ter ameaçado os EUA, em várias ocasiões, com a Lei da Reciprocidade, Lula disse que “não tem pressa” para aplicar a medida.

“Tomei a medida porque nós temos que andar o processo”, assegurou. “Se você for tentar andar na forma que todas as leis exigem, o comportamento da Organização Mundial do Comércio (OMC), o comportamento das regras, você vai demorar um ano.”

ENTREVISTA EXCLUSIVA | Lula (PT): “Se o Trump quiser negociar, o Lulinha paz e amor está de volta”

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— Itatiaia (@itatiaia) August 29, 2025

O presidente também comentou sobre a possibilidade de um encontro com Trump durante sua viagem para participar da Assembleia Geral da ONU no próximo mês.

Lula disse que a iniciativa para uma eventual conversa sobre o tarifaço dependerá do líder americano.

“Se o Trump quiser conversar, ou qualquer pessoa de relevância no governo americano quiser negociar seriamente com o Brasil, nós estaremos dispostos a negociar 24 horas por dia”, afirmou.

Leia também: “A fraude exposta”, reportagem de Edilson Salgueiro, Rachel Díaz e Carlo Cauti publicada na Edição 285 da Revista Oeste