A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, atual presidente nacional do PL Mulher, criticou os abusos cometidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), neste domingo, 7, durante a manifestação na Avenida Paulista. O ato reuniu milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Houve gritos de “fora, Moraes”, em referência ao ministro do STF, e a defesa da anistia ampla e irrestrita aos condenados e investigados pelos atos do 8 de janeiro.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se emocionou durante um discurso do pastor Silas Malafaia, proferido neste domingo, 7, na Avenida Paulista.
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— Revista Oeste (@revistaoeste) September 7, 2025
No discurso, Michelle descreveu o atual momento vivido pela família como de perseguição e humilhação. “Não estão sendo dias fáceis”, afirmou, referindo-se à prisão domiciliar do ex-presidente. Ela ainda lembrou os sete anos do atentado contra Bolsonaro em Juiz de Fora, completados neste 2025, e disse que o ex-chefe do Executivo gostaria de estar na Paulista, mas está impedido por restrições impostas pelo Supremo.
“Ditadura judicial” e perseguição
Michelle classificou a atual situação do país como uma “ditadura judicial”. Segundo a ex-primeira-dama, as decisões da Justiça estão cerceando as liberdades e violando os direitos:
“Nossas liberdades estão cerceadas. É muita humilhação que estamos sofrendo, muita maldade que estão fazendo com a gente. Bolsonaro está triste. Ele está amordaçado dentro de casa, está preso”.
Ela relatou ainda episódios de vigilância em Brasília. “Vejo os policiais na outra esquina vigiando os outros policiais que estão vigiando a minha casa”, disse. Michelle também citou o sumiço de câmeras de segurança no Palácio da Justiça, durante o 8 de janeiro: “Lá em Brasília, costumam sumir câmeras importantes”.
O julgamento de Bolsonaro
A manifestação na Paulista ocorre em meio ao julgamento da Ação Penal 2.668, no STF, em que Bolsonaro e ex-ministros de seu governo respondem por tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022. O ex-presidente cumpre medidas cautelares determinadas pelo Supremo, incluindo uso de tornozeleira eletrônica e restrições de comunicação, o que explica sua ausência em atos públicos.
O discurso de Michelle deu o tom da mobilização na capital paulista, onde faixas, cartazes e palavras de ordem apontavam o ministro Alexandre de Moraes como principal alvo das críticas.
A ex-primeira-dama tem desempenhado papel de porta-voz da família em momentos de ausência de Jair Bolsonaro. Sua presença na manifestação reforçou o apelo por anistia e a tentativa de manter o engajamento dos apoiadores de Bolsonaro, que projetam a candidatura do ex-presidente nas eleições de 2026 como forma de resistência às decisões judiciais que hoje o mantêm afastado da cena pública.
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Fonte: Revista Oeste
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