Oposição desmente relator sobre acordo para minar anistia

O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, desmentiu o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) sobre suposto acordo com o PL para a aprovação de um projeto que não anistia os envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro de 2023.

Mais cedo, ao conversar com jornalistas, Paulinho afirmou que o PL teria participado de um acordo para a construção de um texto que apenas reduz as penas dos condenados.

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Para o deputado, uma anistia ampla, geral e irrestrita é “impossível”. Segundo Paulinho da Força, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e parlamentares do PL descartaram a possibilidade de uma anistia ampla durante a reunião de ontem.

Questionado sobre a desfiguração do projeto, Paulinho disse que já não se fala mais em anistia. A discussão, agora, seria sobre a dosimetria das penas.

“Terei reuniões com as bancadas a partir da segunda-feira para apresentar o texto e acertar os detalhes para votarmos o mais rápido possível”, disse o deputado.

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Rogério Marinho nega compromisso com texto do relator

Ao reagir à entrevista concedida por Paulinho da Força, o senador Rogério Marinho afirmou que “o PL não tem compromisso com qualquer texto que não contemple anistia ampla para todos os sancionados pelos eventos do dia 08 de janeiro”.

“O deputado ao afirmar que o PL fez esse acordo, ele, como de hábito, falta com a verdade”, concluiu Marinho.

Motta escolheu Paulinho da Força para relatar anistia

Momentos depois de a urgência do projeto de anistia ser aprovada na Câmara por 311 votos, nesta quarta-feira 12, Motta escolheu o deputado Paulinho da Força para relatar a proposta.

Paulinho mantém proximidade com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Eles se conhecem desde quando Moraes atuava como advogado em São Paulo.

A amizade se fortaleceu quando ambos se posicionaram contra o voto impresso, defendido por Bolsonaro, enquanto Moraes presidia o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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