Alessandra Moja Cunha, acusada de chefiar atividades do Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo e presa nesta segunda-feira, 8, já apareceu em fotos ao lado do deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) durante eventos públicos.
Segundo o Ministério Público, Alessandra era peça-chave em um esquema que envolvia tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e extorsão de moradores da Favela do Moinho, na região central da capital. A Operação Sharpe cumpriu dez mandados de prisão e mais de 20 de busca e apreensão.
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A Favela do Moinho tornou-se alvo de disputas quando o governo estadual anunciou, em abril, a remoção gradual dos moradores. Em junho, Alessandra organizou a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao local. Na ocasião, o petista anunciou subsídios de até R$ 250 mil para as famílias adquirirem novas moradias. As imagens da cerimônia mostraram Alessandra ao lado do presidente e de ministros do governo.
No mesmo período, a líder comunitária também participou de encontros com o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, e foi clicada ao lado de Boulos, como no registro divulgado pelo vereador paulistano Rubinho Nunes (União).
Não é a primeira vez que Boulos aparece em imagens associadas a lideranças ligadas ao crime organizado. Em 2023, um vídeo mostrou o parlamentar na Câmara dos Deputados acompanhado de Luciane Farias, conhecida como “Dama do Tráfico” do Amazonas e ligada ao Comando Vermelho.
Na ocasião, Boulos afirmou que aceitou tomar café com o grupo de mulheres que o abordou para denunciar “situação degradante” em presídios do Estado, mas negou ter recebido Luciane em reunião formal.
Condenada por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa, a “Dama do Tráfico” é mulher de Clemilson Farias, o “Tio Patinhas”, líder do Comando Vermelho no Amazonas, preso e condenado a mais de 30 anos de prisão.

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Fonte: Revista Oeste
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