Base governista se mobiliza para barrar anistia

Negociações políticas se intensificaram no Congresso depois de articulações para tentar aprovar o projeto de anistia. Enquanto a oposição pressiona para votar a proposta ainda nesta semana, a base aliada do governo quer impedir o avanço do texto.

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Como parte da estratégia, aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva liberaram emendas na semana passada. O objetivo é fortalecer a resistência à proposta. Além disso, orientações claras foram repassadas: deputados que apoiarem a urgência ou o mérito do projeto serão considerados fora da base e podem perder cargos indicados por eles no governo.

Movimentos da oposição sobre o projeto de anistia

Segundo o portal CBN, parlamentares da base do governo ligados aos partidos mais à direita devem evitar comparecer ao Congresso no dia da votação. A intenção é esvaziar o quórum e dificultar o avanço da proposta.

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Em contrapartida, a oposição afirma ter cerca de 300 votos favoráveis à urgência — número superior aos 257 exigidos. Os oposicionistas ainda ameaçam obstruir a pauta caso a votação não avance. Líderes da oposição, especialmente do Partido Liberal (PL), mantêm otimismo sobre a aprovação na Câmara, mesmo sem confirmação oficial de que o tema será pautado.

Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, falou sobre a CPMI do INSS | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência BrasilPresidente do Senado, Davi Alcolumbre, falou sobre a CPMI do INSS | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Presidente do Senado, Davi Alcolumbre | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

No entanto, reconhecem obstáculos na Casa Alta. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), já sinalizou que não pretende colocar em votação uma anistia ampla, geral e irrestrita.

A proposta de Davi Alcolumbre

A possibilidade mais concreta envolve uma versão moderada do projeto, articulada por Alcolumbre junto do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A proposta é focada apenas na revisão das penas, sem extinguir todas as condenações dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Nesta segunda-feira, 15, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se reuniu com líderes partidários em almoço.

Leia mais: “Os gigolôs da anistia”, artigo de Augusto Nunes publicado na Edição 264 da Revista Oeste

O governo monitora constantemente o cenário e, para esta terça-feira, 16, prevê novas reuniões. A intenção é ajustar as ações de acordo com possíveis movimentos do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para traçar estratégias conforme o desenrolar das decisões sobre a proposta.

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Fonte: Revista Oeste

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