Nesta segunda-feira, 15, o senador Magno Malta (PL-ES) protocolou um ofício endereçado ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), por meio do qual solicitou a imediata exoneração do escritor e jornalista Eduardo Rômulo Bueno, conhecido como Peninha, do Conselho Editorial do Senado Federal.
O pedido surge depois de manifestações de Bueno em redes sociais nas quais fez chacota sobre o assassinato de Charlie Kirk. O ativista conservador norte-americano foi fundador da organização Turning Point USA. A entidade conhecida internacionalmente pela defesa de valores ligados à liberdade, à democracia e à direita cristã.
Na justificativa encaminhada, Malta classificou a postura do escritor como “escárnio público” e ressaltou que a repercussão do episódio foi ampla. A ação de Bueno chegou a gerar cancelamento de sua participação em eventos acadêmicos.
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“O referido membro [do conselho do Senado] escarneceu publicamente da morte de Charlie Kirk”, explicou o senador. “Tal conduta é incompatível com a responsabilidade institucional de quem integra um órgão voltado à formulação e à implementação da política editorial desta Casa.”
Magno Malta pede credibilidade ao Senado

Magno Malta destacou ainda que a permanência de Bueno comprometeria a imagem e a credibilidade do Senado Federal. O Conselho Editorial, atualmente presidido pelo senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), é responsável por definir diretrizes e pela supervisão das publicações institucionais da Casa.
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Para o senador, é inaceitável que um integrante de um órgão com essa relevância institucional adote postura que, em suas palavras, “fere a dignidade e banaliza a morte de um ativista reconhecido internacionalmente”.
Nesta segunda-feira, 15, Oeste publicou que registros oficiais da Casa Legislativa mostraram pelo menos duas viagens de Bueno custeadas com dinheiro público em nome do órgão.
As passagens, emitidas em nome de Eduardo Rômulo Bueno, em 2022, totalizam o valor de R$ 6,47 mil. Os eventos tinham como temática o Bicentenário da Independência do Brasil, conforme consta no relatório do Senado.
Em 7 de setembro de 2022, o Senado pagou mais de R$ 2 mil em uma viagem de ida e volta de Porto Alegre para Brasília. Já em novembro, foram R$ 1,58 mil em passagens da capital gaúcha para o Rio de Janeiro.
Fonte: Revista Oeste
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