O jornalista e historiador Eduardo Bueno, o Peninha, tornou-se alvo de mais duas ações relacionadas a uma publicação em que ele comemorou a morte do ativista conservador Charlie Kirk. O norte-americano foi assassinado em um ataque a tiro em Utah, nos Estados Unidos.
Em gravação publicada em suas redes sociais e posteriormente removida pelo Instagram, Peninha ironizou o homicídio e chegou a mencionar de forma sarcástica as filhas menores de Charlie Kirk.
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A repercussão negativa foi imediata: a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) cancelou um evento em que ele participaria e divulgou nota de repúdio, afirmando que não compactua com manifestações “contrárias à vida e à dignidade humana”.
Peninha comemora morte de Charlie Kirk
O vice-líder da oposição na Câmara, deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), protocolou uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR), na qual solicita a abertura de procedimento investigatório criminal contra o jornalista por apologia ao crime e incitação à violência.
No ofício enviado ao procurador-geral Paulo Gonet, Sanderson destacou que as declarações ultrapassam os limites da liberdade de expressão: “A celebração pública de um homicídio — notadamente motivado por razões ideológicas — representa, no mínimo, uma apologia ao crime, ao passo que o tom de deboche adotado pode ser interpretado como uma forma indireta de incitação à violência política”.
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O parlamentar reforçou ainda que a dimensão do alcance digital de Peninha, com mais de 1,5 milhão de inscritos no YouTube, torna a conduta ainda mais grave. “É necessário combater a propagação de discursos que celebram atos violentos e incitam à violência política, especialmente em um contexto de polarização crescente”, afirmou.
Zanatta denuncia contrato da Caixa
Paralelamente, a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) protocolou denúncia no Tribunal de Contas da União (TCU) em que interpela a contratação de R$ 3,27 milhões da Caixa Econômica Federal com a empresa PEN Publicações Ltda., ligada a Eduardo Bueno, para a produção de um livro comemorativo e uma websérie.
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Segundo Zanatta, o contrato foi firmado sem licitação e fere princípios constitucionais como a legalidade, moralidade, economicidade e eficiência: “Não podemos permitir que bancos estatais ou qualquer órgão federal usem verba pública para projetos que não beneficiam diretamente a população”.
A deputada pede a suspensão cautelar imediata do contrato, abertura de processo de fiscalização, solicitação de informações à Caixa e ao Ministério da Fazenda e eventual responsabilização cível e criminal. “O TCU tem papel fundamental para coibir abusos e garantir transparência”, declarou.
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Fonte: Revista Oeste
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