Após o envio de uma primeira fragata na quarta-feira (24/9), um segundo navio italiano zarpará nas próximas horas para escoltar a flotilha humanitária em direção à Faixa de Gaza. O Ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, afirma estar “pronto para qualquer eventualidade”.
Crosetto anunciou na manhã de quinta (25/9) o envio de um segundo navio para escoltar a Flotilha Global Sumud, que navega em direção a Gaza. Roma já havia enviado uma primeira fragata na quarta-feira, poucas horas depois de os organizadores desta ação humanitária denunciarem um ataque na costa da Grécia, principalmente por drones.
Enquanto isso, um navio da Marinha espanhola também deve zarpar com o mesmo objetivo.
Na França, personalidades da esquerda também fizeram um apelo nesta quinta-feira, ao presidente Emmanuel Macron e ao primeiro-ministro, Sébastien Lecornu, para que o país conceda “urgentemente” proteção diplomática à flotilha.
“Solicito solenemente que coloquem urgentemente os cidadãos franceses que navegam para Gaza sob proteção diplomática e consular”, escreveu Fabien Gay, editor do diário comunista L’Humanité, em carta aberta ao primeiro-ministro. Um dos jornalistas da publicação, Emilien Urbach, está a bordo.
O grupo de voluntários quer chegar à Faixa de Gaza para romper o bloqueio israelense ao território, após duas tentativas anteriores, em junho e julho, terem sido impedidas por Israel.
A flotilha saiu de Barcelona, na Espanha, no início deste mês, e já anunciou que foi alvo de dois ataques de drones enquanto estava ancorada na costa de Túnis, na Tunísia, em 9 de setembro.
De acordo com a ativista alemã de direitos humanos Yasemin Acar, cinco barcos foram atacados novamente na costa da Grécia durante a noite de terça-feira (23), por entre “15 e 16 drones”.
Intervenção “perigosa e irresponsável”
Na quarta-feira, a ONU e a União Europeia condenaram os ataques noturnos contra a flotilha na costa da Grécia. Os “ataques” contra a flotilha “devem cessar e os responsáveis por essas violações devem ser responsabilizados”, declarou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, pedindo uma “investigação independente”. Ativistas pró-palestinos na flotilha alegam ter sido alvos durante a noite de “drones não tripulados”, responsabilizando Israel.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, por sua vez, criticou a intervenção da flotilha, chamando-a de “gratuita, perigosa e irresponsável”.
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Fonte: Metrópoles
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