Eis que, depois de seu fanfarrônico discurso na ONU, no qual desfiou o velho rosário do socialismo terceiro-mundista, o marido da senhora Janja da Silva decidiu acrescentar mais um capítulo à sua interminável saga de vexames internacionais. Ao recusar um encontro presencial com Donald Trump — justificando-se com a desculpa de que sua “agenda está cheia” (cheia de que não se sabe) —, o presidente brasileiro protagoniza uma das maiores arregradas da história das relações internacionais. E mostra que a resolução da crise diplomática entre os dois países, cuja repercussão tarifária ameaça os negócios nacionais, nunca foi de seu real interesse.
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Embora o cálculo eleitoreiro deve ter pesado na decisão — afinal, se há algo do qual um tiranete socialista sul-americano jamais abriria mão é um presidente “yankee” sobre o qual atirar as responsabilidades pelo próprio fracasso —, ficou claro que o descondenado-em-chefe simplesmente entrou em pânico ante a possibilidade de um tête-à-tête com aquele a quem chamou de “desumano” e comparou a um nazista. O mandatário brasileiro sabe que, sem o STF para calar a boca do interlocutor insolente, sem a claque doméstica, sem a militância digital para traduzir desaforos em “soberania altiva” e sem jornalista amigo para lhe soprar adjetivos, estaria nu diante do mundo. E não há “narrativa” capaz de cobrir a nudez política de um homem cuja coragem se limita a discursos inflamados em auditórios controlados.
O lulopetismo
Em suma, a tentativa por parte da imprensa amestrada de transformar a pressão velada de Trump numa vitória política do presidente brasileiro não durou muito. Afinal, o chefe de Estado que se gaba de enfrentar o “imperialismo” fugiu como um bichinho assustado da chance de um encontro bilateral, usando a desculpa esfarrapada da falta de tempo, o mesmo tempo que lhe sobra para gravar vídeos engraçadinhos oferecendo jabuticabas ao presidente americano. Pois Trump está lá, no Salão Oval da Casa Branca, aguardando as prometidas jabuticabas. E deverá aguardar sentado, pois, pelo visto, o falastrão brasileiro as comeu todas, tendo como resultado um histórico piriri.
A “agenda cheia” é a metáfora perfeita do lulopetismo, que faz sempre muito barulho e muita propaganda, sem nada de substancial a oferecer. Assim é que a política externa brasileira virou um reality show de quinta categoria, no qual o protagonista foge do debate e depois posa de valente nas telas da mídia companheira. Se tragédia e farsa se revezam na história, o descondenado-em-chefe conseguiu a proeza de fundi-las numa só – um espetáculo de covardia performática digno de ser exibido no picadeiro do circo mambembe que se tornou a República.
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Fonte: Revista Oeste
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