Moraes veta presença de bispo em grupo de orações de Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vetou a participação do bispo Robson Rodovalho em um grupo de orações autorizado a visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira, 25.

Apesar da negativa, Moraes autorizou que 16 pessoas participem dos encontros na casa de Bolsonaro, que está em prisão domiciliar desde 4 de agosto. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro é a responsável por organizar as reuniões.

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“Todos os presos, sejam provisórios ou definitivos, têm direito à assistência religiosa”, afirma a decisão do ministro. “O ‘Grupo de Orações’, entretanto, não pode ser utilizado com desvio de finalidade.”

Moraes reforça que Michelle e Bolsonaro não podem acrescentar “diversas e distintas pessoas” como integrantes apenas para realizar “visitas não especificamente requeridas”.

Quem é o bispo Robson Rodovalho

O bispo Robson Rodovalho é o fundador da igreja Sara Nossa Terra. Além disso, foi deputado federal de 2007 a 2011, atuando primeiro no extinto Democratas e depois no Partido Progressista. Em 2010, o Tribunal Superior Eleitoral cassou Rodovalho por “infidelidade partidária” na troca entre as siglas.

Um dos nomes mais influentes do meio evangélico, o bispo esteve ao lado de Bolsonaro em mais de uma ocasião. Em 2022, por exemplo, Rodovalho organizou um encontro entre o então ex-presidente e cerca de 40 pastores. O objetivo era convidar Bolsonaro para participar da Marcha para Jesus daquele ano.

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Mais recentemente, uma pesquisa da Genial/Quaest revelou que, mesmo condenado, 59% dos evangélicos votariam em Bolsonaro para presidente em 2026. Por outro lado, 37% rejeitam a participação dele ou de outros políticos condenados no pleito.

Michelle Bolsonaro denunciou perseguição religiosa

Antes de receber a autorização para receber o grupo de orações na casa do ex-presidente, Michelle Bolsonaro denunciou que estava sofrendo perseguição religiosa. Durante as manifestações do 7 de Setembro, a ex-primeira-dama se direcionou ao pastor Silas Malafaia e disse “tenho minha liberdade religiosa perseguida”.

Antes disso, afirmou que Deus “já tem mostrado” quem são os “inimigos da nação”. Em outro momento, ela se direcionou diretamente ao ministro do STF. “Se Alexandre de Moraes se arrepender, deixar a iniquidade e o pecado de lado, o Senhor vai perdoar”, disse Michelle.

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Fonte: Revista Oeste

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