Milei e Trump são antídotos contra ideias parasitas e socialismo infantil, diz escritor libanês-canadense

O psicólogo e escritor libanês-canadense Gad Saad, autor do livro A Mente Parasita, afirma que a ascensão de líderes como Javier Milei e Donald Trump representa uma resposta às ideias que corroem os valores do Ocidente. Para o intelectual, correntes como o pós-modernismo, o construtivismo social e o vitimismo identitário minam a meritocracia e alimentam um socialismo “infantil”, com base em ressentimento e promessas utópicas.

Ele considera que Milei e Trump se opõem ao comunismo, ao socialismo e às demais ideologias totalitárias. No caso argentino, diz enxergar melhora nas condições do país desde a chegada de Milei ao poder. Trump, afirma, é alguém que construiu coisas no mundo real antes de entrar na política, algo que valoriza.

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Em entrevista concedida ao repórter José Fucs e publicada na Edição 289 da Revista Oeste, Saad critica políticos de carreira. Estes, argumenta o escritor, tentam atuar no Parlamento sem experiência concreta para enfrentar problemas reais. Para o escritor libanês-canadense, tanto políticos quanto acadêmicos acabam isolados em torres de marfim, abraçando ideias “totalmente dissociadas da realidade, sem nenhum mecanismo de autocorreção”. Por isso, declara apoiar o que Milei e Trump estão fazendo e diz esperar que o Canadá também tenha um líder do mesmo perfil.

Ele usa conceitos da biologia e da psicologia evolucionista para explicar como crenças se espalham e dominam sociedades, comparando-as a parasitas que reprogramam o cérebro humano. Em A Mente Parasita, por exemplo, detalha como ideologias podem sequestrar o pensamento e afastar pessoas da realidade.

Seu próximo livro, Empatia Suicida, previsto para 2026, deve explorar políticas públicas que confundem compaixão com autodestruição. Saad afirma que a empatia é uma virtude essencial para a vida em sociedade, mas pode se tornar “hiperativa” e mirar no alvo errado, com efeitos desastrosos. Conta ainda que a expressão já se espalhou antes mesmo do lançamento: o termo foi citado em dezenas de línguas e viralizou globalmente, sinal de que muitos entendem a crítica que pretende fazer.

Milei e Trump não bastam

Embora veja em Trump e Milei uma reação às ideias que critica, Saad alerta que a vitória eleitoral de líderes desse perfil não basta para reverter décadas de avanço do politicamente correto. Ele lembra que o mandato de Trump termina em 2028 e adverte que, se surgir um novo presidente alinhado à esquerda, como Kamala Harris, os EUA podem voltar ao ponto anterior. Erradicar essas ideias, diz, não ocorrerá “em um ano, três anos ou cinco anos”, mas levará uma geração até que acreditar nelas se torne “descaradamente idiota”.

O psicólogo também incentiva a resistência individual à autocensura, que considera a maior ameaça à liberdade de expressão no Ocidente. Afirma que as pessoas devem ser “ferozes ao defender a realidade, o senso comum, a decência, a ciência, a razão, a lógica, as liberdades de pensamento e de expressão”, em vez de se recolherem por medo de represálias sociais ou profissionais.

Com mais de 1 milhão de seguidores no X, Saad se tornou uma das vozes mais influentes contra o politicamente correto. Ele acredita que o Ocidente prosperou ao defender liberdades individuais, mérito e pensamento crítico. Por isso, teme que a cultura da ofensa e o socialismo disfarçado de empatia levem a repetir os erros de regimes que prometeram igualdade, mas produziram miséria.