Na tarde deste domingo, 21, ocorrem protestos convocados por políticos de esquerda em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Além dos militantes, artistas pró-governo Lula participam dos atos contra o PL da Anistia e a PEC das Prerrogativas.
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No Rio, cantores anistiados na época da ditadura militar agora, se posicionam contrários à anistia aos presos políticos do 8 de Janeiro de 2023. São eles: Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso.
Outro cantor que chegou ao Rio para participar dos protestos foi o cantor Djavan.
Em São Paulo, a cantora Marina Lima sobe ao palanque político que conta com parlamentares como Tabata Amaral (PSB-SP), Ivan Valente (Psol-SP), Erika Hilton (Psol-SP) e Guilherme Boulos (Psol-SP).
Artistas unidos contra anistia
Mais cedo, em Brasília, o protesto também contou com artistas como Djonga, Pepita e Chico César. Na capital da República, militantes esquerdistas inflaram o boneco de Jair Bolsonaro (PL) representando um monstro. O ex-presidente está em prisão domiciliar e, recentemente, foi diagnosticado com câncer de pele.
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Em Salvador também houve a presença de artistas no palanque político da esquerda: Daniela Mercury e Wagner Moura. Inclusive, em cima do trio elétrico, o ator dançou e discursou aos presentes.
“Eu fiquei com vontade só de falar do momento extraordinário pelo qual passa a democracia brasileira, cara, que é exemplo pro mundo todo”, falou. “A gente que sempre cresceu dizendo: ‘Nossa democracia é frágil, nossa democracia é jovem’, nossa democracia botou pra lenhar, cara.”
Críticas à classe artística
Nas redes sociais, a população, políticos e especialistas criticaram o posicionamento controverso dos artistas. Muitas das ressalvas foram feitas àqueles que foram beneficiados pelo perdão na ditadura, como foi o caso do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Pelo X, o movimento Advogados de Direita Brasil publicou uma nota sobre esse posicionamento de artistas que foram beneficiados pelo perdão, e que agora se unem contra à anistia.
“Hoje, em 2025, os mesmos que se beneficiaram dessa generosidade do Estado recusam anistia aos presos do 08/01 — homens e mulheres comuns, muitos sem armas, submetidos a prisões preventivas intermináveis, tornozeleiras abusivas, violações processuais e condenações desproporcionais”, escreveram. “O discurso muda conforme a conveniência: o que antes era pacificação, agora virou impunidade. Memória curta, conveniência longa e justiça seletiva.”
André Marsiglia, advogado e especialista em liberdade de expressão, criticou o cantor Djavan: “A pessoa escreve: “açaí guardião, zum de besouro imã”, acha que faz sentido, e ainda pretende nos explicar o que quis dizer a Constituição sobre anistia”.
O usuário do X Leandro Ruschel, publicou uma foto de comparação de Caetano Veloso, com a seguinte análise: “O mal prega a tolerância até que se torne dominante. A partir daí ele procura silenciar o bem”.
Fonte: Revista Oeste
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