Mais um bate-boca entre parlamentares de base e oposição marcou a CPMI do INSS no Congresso Nacional, na noite desta segunda-feira, 8. A discussão começou depois que o ex-ministro Carlos Lupi, da Previdência Social, se negou a responder algumas perguntas do deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS).
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Van Hattem interpelou Lupi sobre os desvios que ocorreram no âmbito do INSS entre 2023 e 2024. O deputado indagou quem era o ministro nesses anos, mas o membro do PDT ficou em silêncio.
A oposição tomou um posicionamento de que Lupi estaria escondendo informações ao se negar a responder a Van Hattem. Nesse momento, deputados governistas disseram que o ex-ministro iria responder no fim das indagações.
Durante o desentendimento, o deputado Rogério Correia (PT-MG) discutiu com o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ). O petista passou a gritar com o colega de Casa, falando que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) iria para a cadeia depois de sua condenação pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em meio aos gritos de Correia, é possível ouvir Sóstenes dizer: “Respeita o presidente Bolsonaro”. O petista eleva seu ânimo ao se levantar e continuar a briga, enquanto o líder segue sentado.
Parlamentares tentam apaziguar a situação e, por alguns instantes, a discussão se encerra. Porém, alguns segundos depois, o deputado Maurício Marcon (Podemos-RS) também discute com Correia.
Lupi responde perguntas sobre o INSS
Quando a situação é finalmente controlada pelo presidente da CPMI do INSS, Carlos Viana (Podemos-MG), o tempo de fala de Marcel Van Hattem é reconstituído. O parlamentar, então, prosseguiu os questionamentos. Novamente, Lupi não respondeu.
Depois desse momento, a sessão foi interrompida por 10 minutos para que Lupi fosse orientado por seu advogado. Ao ser retomada, o ex-ministro anunciou que responderia Van Hattem.
Lupi declarou que não pode ser responsabilizado por atos de terceiros, comparando com a relação familiar: “Meu filho não pode responder pelos meus erros e eu não posso responder pelos erros de quem eu amei”.
O ex-integrante do governo ainda citou a multiplicidade de tarefas sob sua alçada, que iam além de áreas específicas como o INSS, abrangendo aposentadorias, pensões, bolsas e apoio a crianças com deficiência.
Ele ilustrou a dimensão do trabalho com “milhões de processos por mês” que chegam à Presidência, exigindo discussão da “marca política do ministério” e dos objetivos de cada órgão.
Fonte: Revista Oeste
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