Concessionária ligada a Careca do INSS movimentou R$ 56,5 mi

Entre outubro de 2023 e maio de 2024, uma concessionária de automóveis de luxo situada em São Paulo chamou a atenção das autoridades ao movimentar R$ 56,6 milhões em transações suspeitas. O estabelecimento, localizado na Avenida dos Bandeirantes, na Vila Olímpia, apareceu em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) como tendo ligações com Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS.

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Segundo a investigação da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, o esquema envolve fraudes no INSS que podem alcançar R$ 6 bilhões. O Coaf identificou que mais de R$ 1 milhão dessas movimentações suspeitas ocorreram entre a concessionária Aielo Motors e a Prospect Consultoria Empresarial. A empresa é do lobista e apontada como canal para pagamento de propina a servidores do INSS e do Ministério da Previdência Social.

Indícios de lavagem de dinheiro e ligação com INSS

Empresário conhecido como “Careca do STF” é citado em apuração sobre fraudes na Previdência com apoio de servidores do INSS | Foto: Agência Brasil
Empresário conhecido como ‘Careca do INSS’ | Foto: Agência Brasil

O relatório da PF destaca que as operações financeiras analisadas apresentaram indícios de crimes, como lavagem de dinheiro, no período mencionado. No site da Aielo Motors, é possível encontrar veículos de marcas como Lamborghini, Porsche, BMW, Mercedes-Benz, Chevrolet, Mitsubishi, Land Rover, Audi, Cadillac, Ferrari e BYD, com modelos que superam o valor de R$ 4 milhões. Também há anúncios de carros históricos, como um Ford T de 1925 e um Jaguar XK 120 de 1952.

O lobista investigado mantinha uma coleção de carros de luxo, composta por mais de 20 veículos. Entre eles, modelos Porsche Carrera, Cayenne e Panamera, cada um avaliado em mais de R$ 1 milhão, além de um Opala Diplomata de 1989. Agentes apreenderam parte dessa frota durante a Operação Sem Desconto. De acordo com a PF, a negociação desses automóveis e de imóveis ocorria para ocultar a origem ilícita dos recursos.

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O proprietário da concessionária, Victor Aielo, afirmou desconhecer o envolvimento de sua empresa na investigação. “Nunca fui questionado sobre as alegações, nem tenho ciência da existência de Coaf em meu nome ou da empresa, e só me manifestarei oficialmente após ser notificado por órgão público”, disse, ao portal Metrópoles.

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Fonte: Revista Oeste

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