O governo dos Estados Unidos (EUA) autorizou a entrada do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para a Assembleia-Geral da ONU. Os anfitriões, contudo, restringiram a sua circulação em Nova York. A decisão limita os deslocamentos do petista. A regra se aplica à família do brasileiro que o acompanha. O raio de circulação é de até cinco blocos do hotel em que se hospedaram.
Além disso, Padilha pode fazer o trajeto até a sede das Nações Unidas e até a residência oficial do representante brasileiro na organização. Os EUA comunicaram o Itamaraty de maneira oficial sobre as condições. Em agosto, Trump mandou revogar o visto de Padilha, de sua mulher e de sua filha. O motivo foi a atuação do petista na criação do programa Mais Médicos, durante o governo Dilma Rousseff.
EUA: Padilha é suspeito de participação em fraude
Os EUA acusam o governo petista de usar o programa Mais Médicos como fachada para financiar o regime ditatorial de Cuba, bem como explorar a mão de obra local por meio de trabalho forçado. O governo Lula da Silva reagiu ao posicionamento de Washington classificando o episódio como ‘golpe diplomático’.
Na prática, Padilha não pôde solicitar uma nova autorização de viagem, já que seu visto anterior havia vencido em 2024. Depois da pressão diplomática, o governo Lula conseguiu uma permissão temporária para que ele possa participar de compromissos internacionais.
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O ministro deve estar em Washington no dia 29 para a reunião da Organização Pan-Americana de Saúde e, em seguida, em Nova York, a partir da próxima terça-feira, 23, para o debate da Assembleia-Geral da ONU. Ele foi escalado para integrar uma reunião sobre doenças crônicas.
Embora exista um acordo internacional que assegure a presença de representantes estrangeiros em eventos da ONU, a decisão final sobre entrada e permanência de autoridades continua sendo prerrogativa do governo norte-americano.
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Fonte: Revista Oeste
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