Integrantes da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) fecharam o cerco no entorno do ministro Luiz Fux, nesta quinta-feira, 11. Fux absolveu o ex-presidente Jair Bolsonaro, pela suposta trama golpista.
Há pouco, o colegiado condenou Bolsonaro, e mais sete réus, por organização criminosa. O ex-presidente e seus aliados são acusados, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), de outros quatro crimes.
Durante o começo do voto de Cármen, Alexandre de Moraes pediu a palavra, ao passo que ela autorizou ao ponderar que “sempre defende o diálogo”, sobretudo porque o Regimento Interno do STF o permite. No começo da semana, Fux cobrou dos colegas o respeito a um acordo informal com todos segundo o qual não toleraria intervenções em seu voto. Moraes aproveitou para exibir vídeos do 8 de janeiro e de Bolsonaro se manifestando, no 7 de Setembro de 2021, contra decisões do STF e criticando o Tribunal. “Está fartamente comprovada, a liderança criminosa, além dessa grave violência, armamento pesado, forças especiais”, disse Moraes, para rebater o voto de Fux, que não viu a existência de qualquer tipo de organização.
Zanin acrescentou que, para ele, os atos descritos pela PGR configuram “coação institucional, própria do crime contra o Estado Democrático de Direito”. “Coagir uma instituição para arquivar um inquérito, por exemplo, é inadmissível”, pontuou Zanin. Flávio Dino também solicitou o direito de fala para reafirmar a existência de um “plano de golpe”. “Concedo, desde que rápido”, disse Cármen. “Nós, mulheres, ficamos caladas por anos e temos o direito de falar.”
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Fonte: Revista Oeste
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