‘Não há uma única prova contra Jair’, diz irmão de Bolsonaro

Renato Bolsonaro, irmão do ex-presidente Jair Bolsonaro, divulgou uma série de vídeos em suas redes sociais em que defende o posicionamento do ex-chefe do Executivo perante a Justiça. Nas declarações, ele afirma que não existem provas concretas contra o irmão e contesta a validade da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

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“Não há uma única prova”, declarou Renato. Segundo ele, as acusações se baseiam em “rascunhos sem assinatura e uma delação repleta de contradições”. “Não existe prova direta contra Jair Bolsonaro. Não há documento, não tem uma ordem, não há um comando que ligue Jair a qualquer crime.”

O irmão do ex-presidente também contestou a narrativa de que Bolsonaro teria participado de um plano de ruptura institucional depois das eleições. “Quem quer dar um golpe entrega a chave da presidência ao adversário?”, perguntou. “[Bolsonaro] fez a passagem do comando, fez a transição da presidência de forma pacífica, inclusive nomeando os comandantes militares indicados pelo atual governo.”

Delação de Mauro Cid em xeque

Em outro trecho, Renato destacou que até mesmo o Ministério Público Federal identificou falhas no acordo firmado com Cid. “A própria Procuradoria apontou falhas e pediu a revisão dos benefícios dados ao Cid”, declarou. “Ou seja, nem quem fez o acordo demonstra confiança total nessa delação. Uma palavra instável não vale mais que a prova concreta.”

Ele ainda acrescentou que a condenação baseada apenas em delações poderia abrir precedentes perigosos. “Se aceitarem condenar Jair sem prova concreta, amanhã qualquer cidadão pode ser arrastado para um tribunal apenas pela palavra de um adversário”, disse. “Condenar sem prova é condenar o próprio Brasil à injustiça.”

Renato também fez referências ao impacto político do irmão e ao papel de outros integrantes da família. “O que seria do Brasil se nas nossas vidas não tivesse aparecido Jair Messias Bolsonaro?”, perguntou. “Como estaríamos politicamente hoje?”

Em seguida, citou o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, ao afirmar: “Se Eduardo não estivesse fora do Brasil, gritando, esperneando não só pelo seu pai, mas pelo Brasil também, estaríamos mudos, amordaçados no exterior”, declarou. “O mundo hoje está vendo o que está acontecendo no Brasil.”

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“Sempre lutamos por democracia”, diz Renato Bolsonaro

Ao longo das falas, Renato reforçou a ideia de que o ex-presidente sempre respeitou a Constituição. “Bolsonaro determinou a transição de governo, a transição aconteceu porque Bolsonaro autorizou”, afirmou. “Em nenhum momento ele incentivou nossos apoiadores a negar o resultado das urnas, pelo contrário. Sempre lutamos por democracia, por liberdade, por respeito às leis.”

Ao final de sua manifestação, ele destacou que o julgamento do irmão não deve se basear em “versões instáveis” e sim em provas concretas. “Querem condenar o meu irmão sem uma única prova real”, declarou. “Se a Justiça troca fatos por versões, não é só o Bolsonaro que corre o risco. Somos todos nós. Condenar com base em uma delação frágil é transformar a justiça em um mercado onde a verdade muda de prateleira conforme a vontade do dono.”

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