Netanyahu critica governo do Catar e faz ameaças ao país

Benjamin Netanyahu criticou o governo do Catar, e ameaçou o país um dia após os bombardeios em Doha, visando lideranças do Hamas. A declaração do primeiro-ministro de Israel aconteceu nesta quarta-feira (10/9).

No pronunciamento, o premiê israelense defendeu os ataques, apesar de parte da comunidade internacional condená-los.

“Digo ao Catar e a todas as nações que abrigam terroristas: expulsem-os ou os levem à Justiça”, disse Netanyahu. “Porque se vocês não fizerem, nós vamos fazer”.

A ameaça de Netanyahu acontece pois país do Golfo Pérsico, liderado pelo emir Tamim bin Hamad al Thani, abriga algumas lideranças políticas do Hamas.

No discurso, o premiê de Israel ainda usou os atentados do 11 de setembro no World Trade Center, nos Estados Unidos, para justificar os bombardeios de Israel no Catar.

Segundo Netanyahu, após o ataque terrorista da Al-Qaeda em 2001 — que completa 24 nesta quinta-feira (11/9) —, os EUA iniciaram uma caçada contra membros do grupo e seu líder, Osama Bin Laden, por meio de uma guerra no Afeganistão e ataques contra outros países.

“Nós fizemos exatamente o que os EUA fez quando perseguiu os terroristas da Al-Qaeda no Afeganistão, e depois quando foram matar Osama Bin Laden no Paquistão. Agora, os vários países ao redor do mundo condensam Israel. Eles deveriam ter vergonha de si mesmos. O que eles fizeram depois que os Estados Unidos eliminaram Osama Bin Laden? Eles disseram: ‘Oh, que coisa terrível foi feita ao Afeganistão ou ao Paquistão?’ Não. Eles aplaudiram”, declarou o premiê israelense.

Líderes do Hamas sobrevivem

Apesar da operação militar de Israel no Catar, as principais lideranças do Hamas sobreviveram ao ataque. Ainda assim, seis membros ligados ao grupo palestino foram mortos nos bombardeios.

Os líderes do Hamas estavam reunidos em Doha para discutir uma nova proposta de trégua com Israel, apresentada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em julho deste ano.

Ao lado do Egito e EUA, o governo do Catar atua como o país mediador das negociações, e costuma receber rodadas de discussões no país.

Fonte: Metrópoles

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