Oposição celebra saída de PP e União Brasil do governo Lula

O União Brasil e o PP, reunidos na federação União Progressista, anunciaram, nesta terça-feira, 2, o rompimento oficial com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão inclui a orientação para que ministros, indicados e ocupantes de cargos deixem imediatamente suas funções no Executivo.

A oposição na Câmara comemorou a medida. Em comunicado, afirmou que a saída dos partidos “é uma demonstração de coragem e compromisso com o país, que reforça a necessidade de se romper com um governo que não entrega absolutamente nada”.

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A nota diz ainda que a gestão Lula “se mantém envolta em escândalos de corrupção, como o caso do roubo dos aposentados, e que destrói a economia nacional com gastança pública e irresponsabilidade fiscal”.

“A oposição manifesta seu integral apoio e agradece a essa decisão, que fortalece a luta por um Brasil livre da corrupção, do autoritarismo e da incompetência”, completa a nota. “Trata-se de um passo acertado, que renova a esperança de milhões de brasileiros em um futuro de mais justiça, prosperidade e democracia.”

As críticas de lideranças ao governo se intensificaram desde agosto, quando PP e União selaram a federação criticaram Lula em ato que causou constrangimento a ministros presentes. Agora, os dirigentes Antônio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP) já negociam com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, possíveis alianças e anistia mirando as eleições de 2026.

Ministros resistem à determinação do PP e União Brasil

O impasse recai sobre os ministros. O União Brasil controla duas pastas: Turismo (Celso Sabino) e Comunicações (Frederico Siqueira). Já o PP comanda o Esporte, com André Fufuca. Parlamentares do União argumentam que apenas Sabino representa o partido diretamente, enquanto os demais receberam a indicação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

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Sabino avalia pedir licença ou até deixar o partido para permanecer no comando do Turismo. Fufuca, por sua vez, já afirmou publicamente que vota em Lula.

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Em nota, porém, a federação afirmou que os filiados que descumprirem a medida sofrerão punições. “Em caso de descumprimento desta determinação, se dirigentes desta Federação em seus Estados, haverá o afastamento em ato contínuo”, diz o texto. “Se a permanência persistir, serão adotadas as punições disciplinares previstas no Estatuto.”

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), disse respeitar a saída dos partidos. “Respeitamos a decisão da direção da Federação da UP”, afirmou a petista. “Ninguém é obrigado a ficar no governo. Também não estamos pedindo para ninguém sair. Mas quem permanecer deve ter compromisso com o presidente Lula e com as pautas principais que este governo defende.”

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Fonte: Revista Oeste

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