Parlamentares da oposição têm usado as redes sociais para manifestar indignação contra a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro proferida pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira, 11.
Os ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votaram para condenar Bolsonaro a 27 anos de prisão. A 1ª Turma da Corte condenou o ex-presidente pelos cinco crimes denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na suposta trama golpista.
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O ministro Luiz Fux foi o único a divergir do relator. Ele destacou a incompetência do STF para julgar o caso e criticou o volume excessivo de dados dos processos, o que, segundo o ministro, teria ocasionado o cerceamento das defesas. Por fim, Fux defendeu a nulidade do processo.
Com a condenação, há o temor de que o ex-presidente seja enviado para a Papuda.
Oposição tenta mobilizar redes sociais
O líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), compartilhou a seguinte mensagem no X: “Suprema perseguição, querem matar Bolsonaro.”
“Hoje, a guerra será ferrenha”, afirmou o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) ao compartilhar a mesma mensagem e incentivar o compartilhamento por parte dos seus seguidores.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) elogiou o voto do ministro Luiz Fux e destacou a ligação dos outros ministros com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Nem mesmo homicidas, corruptos e traficantes costumam ter penas semelhantes”, disse Nikolas pelas redes sociais. “Infelizmente, nada surpreendente. Entre os julgadores que deveriam ser imparciais estão: advogado, amigo e indicado por Lula para estar ali. Entre a encenação e a Constituição, infelizmente prevaleceu a encenação.”
A senadora Tereza Cristina (PP-MS) afirmou que Bolsonaro é vítima de uma “grande injustiça”.
“Vamos seguir lutando e trabalhando para corrigir esse grave erro”, disse a senadora, pelo X.
Em nota publicada nas redes sociais, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), afirmou que a condenação de Bolsonaro “é um duro golpe contra a democracia e contra as liberdades no Brasil”.
“Uma condenação injusta de um inocente, conduzida em um processo onde faltou imparcialidade, sob a sombra do chamado inquérito das ‘fake news’, que virou instrumento de perseguição política e precisa ser imediatamente encerrado”, diz um trecho da nota.
Ciro Nogueira, presidente do PP e ex-chefe da Casa Civil do governo Bolsonaro, disse que o ex-presidente “é o maior líder popular da direita brasileira da história do país”.
“Vingança política”
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) classificou o julgamento como “vingança política”.
Na mesma linha, o senador Marcos Rogério (PL-RO) disse que “o Brasil está diante da maior injustiça da sua história”.
O deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP) afirmou que “o sistema está dando o troco em Bolsonaro”.
Já o senador Sergio Moro (União-PR) destacou que “o caso deveria ter sido julgado regularmente na primeira instância”.
Fonte: Revista Oeste
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