Discussões sobre a anistia no Congresso reacenderam divergências entre lideranças da direita e do centro.
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara dos Deputados, afirmou que não aceita substituir a anistia por redução de pena, como propõe o relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP).
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Segundo Sóstenes, a ideia de apoiar apenas a diminuição das penas é inadmissível para a direita.
“Onde já se viu alguém da direita votar para reduzir pena?”, disse Sóstenes ao portal g1, nesta sexta-feira, 19. “Quem reduz pena é a esquerda. Não aceitamos. Ele vai sentar conosco semana que vem para falarmos disso. Não entrei no mérito com ele ainda. Ou aprova a anistia, ou Paulinho pede para sair.”
Articulação do centrão contra anistia tem incomodado a direita
Parlamentares próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro manifestaram descontentamento com a articulação entre o centrão e o PL para alterar o texto original.
Eles defendem que Bolsonaro publique uma carta aberta retirando apoio a qualquer proposta de redução de pena que não contemple todos os condenados, ou que volte à pauta a chamada “anistia dos fatos”.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem reiterado a necessidade de uma anistia ampla, geral e irrestrita.
O empresário e jornalista Paulo Figueiredo afirmou que a anistia deveria ser ampla, geral e irrestrita “por bem ou por mal”.
Movimentações políticas e resistência
Inicialmente, Paulinho da Força disse que havia acordo no PL e respaldo de parte do partido para que o projeto migrasse da anistia para a redução de penas.
Entretanto, depois da defesa do relator por um texto de consenso e reuniões com figuras como Michel Temer e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), aliados de Bolsonaro passaram a contestar intensamente a proposta.
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Fonte: Revista Oeste
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