O Parlamento da França derrubou o governo do primeiro-ministro François Bayrou, que não chegou a completar um ano no cargo. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (8/9), após a votação de uma moção de confiança na Assembleia Nacional do país.
Ao todo, 364 deputados votaram a favor da saída de Bayrou, e outros 194 foram contra. A votação havia sido convocada pelo próprio premiê, no fim de agosto, por conta da resistências contra o plano de austeridade orçamentária.
Com a queda do primeiro-ministro, o presidente francẽs, Emmanuel Macron, terá que definir os rumos do país — mais uma vez. O líder da França possuí três opções nas mãos: dissolver o Parlamento e convocar novas eleições, indicar um novo premiê que componha a atual Assembleia Nacional, ou renunciar ao cargo.
Bayrou atuava como primeiro-ministro da França desde dezembro de 2024, quando se tornou o quarto político a ser indicado para o cargo apenas naquele ano.
A crise política na França se estende desde junho do último ano, quando Macron decidiu dissolver a Assembleia Nacional do país e convocou novas eleições após seu partido ser derrotado nas eleições do Parlamento Europeu.
A coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP) surpreendeu, e saiu vitoriosa do pleito, apesar de não formar a maioria absoluta no Parlamento. Caso tivesse atingido o número de 289 cadeiras, o bloco teria força política suficiente para obrigar Macron a aceitar a nomeação de um novo premiê no país.
Por isso, uma longa negociação começou entre os diversos espectros políticos que compõem o Parlamento do país. Apesar de indicar nomes de sua preferência, os premiês nomeados por Macron enfrentaram grande pressão por parte da Assembleia Nacional, e não tiveram vida longa no cargo.
Até o momento, o presidente francês ainda não se pronunciou sobre o assunto. A queda de Bayrou inaugura mais um capítulo na recente crise na França, que envolve assuntos econômicos e políticos.
Fonte: Metrópoles
+ There are no comments
Add yours