E não é que o descondenado-em-chefe, o mesmo que deve sua sobrevivência política a um golpe judicial de bastidores — patrocinado pelo STF e pelo consórcio midiático, com apoio institucional de um governo estrangeiro, o de Joe Biden —, tem a cara-de-pau de chamar seus opositores de “traidores da pátria”? A fala, tão tipicamente ditatorial, tão quintessencialmente cucaracha, diz mais sobre o acusador que sobre os acusados. Pois não há maior traição nacional do que a que ele próprio encarna: a transformação do país em colônia de exploração chinesa, a submissão dos interesses nacionais ao globalismo onusiano, o cortejo de ditaduras assassinas. Ou seja, sob o biombo retórico da “soberania nacional”, o verdadeiro traidor e entreguista busca disfarçar a rendição ideológica do país. Afinal, o lulopetismo é herdeiro do velho internacionalismo comunista, e, por óbvio, o comunismo é traição à pátria quase que por definição.
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Ao falar em “soberania”, portanto, o amante político de Fidel Castro e cosplay de Nicolás Maduro não pensa na defesa do território (hoje em grande parte tomado por facções criminosas), das instituições ou das liberdades civis, mas no direito exclusivo do Partido dos Trabalhadores e seus camaradas de aparelhar o Estado como se fosse seu feudo hereditário. “Soberania”, no vocabulário do PT, do STF e da Globo, significa licença para calar a imprensa dissidente, controlar a internet, intimidar adversários e acoplar o país à maquinaria bolivariana. É o velho truque do revolucionário: usar palavras nobres para justificar atos vis.
A acusação de “traição à pátria” sempre foi a arma preferida dos regimes que Lula idolatra. Foi o xingamento predileto de Stálin contra opositores (incluindo Trotsky), de Fidel contra dissidentes, de Chávez contra qualquer venezuelano que não beijasse seu anel. Ao repetir o bordão, o presidente brasileiro apenas confirma sua filiação espiritual a essa linhagem de tiranetes tropicais.
Lula, o patrioteiro de opereta
Chamar de “traidor” quem faz oposição é uma confissão pública de impotência intelectual. É a retórica dos covardes, cientes de que, na ausência de fatos, resta-lhes lançar estigmas sobre os adversários. Nesse tradicional modelo político, o chefe de Estado transforma-se em chefe de seita, para quem a pátria não é a nação real, mas a caricatura desenhada no comitê central do partido.
Obviamente, a fala do marido da Janja não tem nada a ver com patriotismo legítimo, mas com a paranoia típica dos tiranos decadentes. E aquilo que o sujeito tentar fazer parecer como demonstração de força não passa de uma prova cabal de fraqueza — o pânico avindo da consciência da própria incapacidade de fazer um governo minimamente decente. O patrioteiro de opereta ainda não percebeu que, se há um traidor da pátria em cena, é precisamente aquele que se veste de patriota para disfarçar o contrabando de tirania. O sujeito que criou o Foro de São Paulo justamente para destruir a soberania e a autodeterminação dos países da América Latina, submetendo-os aos objetivos políticos desse bloco político-ideológico supranacional, imagina que toda a consciência nacional se reduz às redações e estúdios da imprensa amestrada. Mas, por óbvio, nenhum verdadeiro patriota há de se intimidar com as bravatas etílicas de um farsante.
Fonte: Revista Oeste
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