O desafio de Malafaia para Moraes

Organizador da manifestação deste 7 de Setembro na Avenida Paulista, o pastor Silas Malafaia foi além de tecer críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo desafiou publicamente o magistrado.

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Em parte de seu discurso, o religioso lembrou que o juiz o incluiu em um inquérito, por suposta obstrução de justiça, em razão de diálogos que trocara com o ex-presidente Jair Bolsonaro e com o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O material, que acabou sendo divulgado por parte da imprensa, mostra o pastor conversando e dando conselhos ao ex-chefe de Estado, de quem é amigo há 20 anos.

Convicto de que as divulgações das trocas de mensagens com Eduardo e Bolsonaro foram para tentar prejudicar a sua imagem perante a comunidade evangélica, Malafaia pediu, então, para Moraes, que determinou à Polícia Federal (PF) a apreensão do aparelho celular do pastor, tornar público outros conteúdos.

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“Vaza que eu mando vídeos para quatro ministros do STF, diretamente para os números deles”, desafiou Malafaia, em mensagem direcionada a Moraes, mas sem revelar os nomes dos magistrados com quem mantém contato. “Eles prevaricaram? Eles estão em conluio comigo? Qual é o meu crime?”

Críticas de Malafaia a Moraes

Além de pedir para que o ministro divulgue as mensagens trocadas com outros membros do STF, Malafaia definiu Moraes como “ditador de toga”. De acordo com o líder religioso, o magistrado “tem rasgado sucessivamente a Constituição”. Como exemplo, afirmou que o Inquérito das Fake News, que está aberto há seis anos, é “imoral e ilegal”.

“Constitui o crime de opinião no Brasil”, reclamou Malafaia. “Isso é um absurdo.”

Por fim, o pastor ressaltou respeitar a PF enquanto instituição. Entretanto, afirmou que parte do órgão atua como a Gestapo a serviço de Moraes. Gestapo foi o núcleo policial nazista que serviu aos interesses de Adolf Hitler em meio à 2ª Guerra Mundial.

Leia também: “Teatro supremo”, reportagem de Cristyan Costa e Silvio Navarro publicada na Edição 286 da Revista Oeste

Fonte: Revista Oeste

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