Enquanto líderes mundiais se preparam para discursar na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), a população da Amazônia enfrenta um drama silencioso: a falta de comida na mesa. Dados inéditos da Embrapa Territorial mostram que o bioma produz muito pouco do que consome — e, quando produz, está concentrado em poucos municípios.
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Arroz e feijão, base da alimentação brasileira, chegam em caminhões vindos do Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste, encarecidos pela distância, pela logística precária e pela ausência de infraestrutura portuária e rodoviária. No Pará, Estado que sediará a conferência climática, a disponibilidade de arroz mal chega a 13 quilos por habitante ao ano, o equivalente a pouco mais de 1 quilo por mês. Já o feijão não passa de 6 gramas por dia para cada pessoa. Resultado: 40% dos lares amazônicos vivem em insegurança alimentar, índice bem acima da média nacional (28%).

Amazônia está abandonada
Em reportagem publicada na Edição 285 da Revista Oeste, o colunista Evaristo de Miranda revela um retrato duro: além da fome, a região enfrenta saneamento básico precário, falta de assistência médica, pobreza extrema e avanço do crime organizado. Tudo isso em meio a políticas ambientais que dificultam a produção agrícola local e empurram alimentos para fora da floresta, deixando quem vive nela dependente de importações caras.
Enquanto ONGs e governos estrangeiros disputam protagonismo verde e o Brasil exibe compromissos climáticos, a vida cotidiana dos amazônidas permanece esquecida — sem plano de desenvolvimento, sem infraestrutura e sem um projeto nacional claro para a região.
👉 Leia a reportagem completa e entenda como a Amazônia se tornou um território de fome, pobreza e abandono em meio a discursos globais sobre preservação ambiental.
Fonte: Revista Oeste
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