Moraes faz apensamento de investigações

Nesta quinta-feira, 18, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu juntar a investigação que indiciou o jornalista Allan dos Santos por difamação, injúria, desobediência e incitação ao crime a um processo que apura supostas intimidações contra policiais federais.

Conforme Moraes, “as duas investigações são complementares” e a união dos autos permitirá “distinguir com maior exatidão as circunstâncias delituosas, eventualmente expor responsabilidades, desvelar o envolvimento de terceiros agentes, delimitar as condutas potencialmente ilícitas e, acaso, descortinar a prática de outras infrações penais correlacionadas”.

Moraes também determinou que a comentarista Juliana Dal Piva, da GloboNews, seja intimada “para que tome as providências que entender pertinentes ao caso, em relação aos possíveis crimes contra a sua honra”.

De acordo com um relatório da Polícia Federal, Santos divulgou mensagens falsas que envolvem Juliana, além de “ofendê-la” em publicações com expressões de baixo calão. O documento também aponta que ele criou novos perfis em redes sociais para “burlar bloqueios judiciais” e que suas postagens tinham o objetivo de “incitar ataques contra instituições”.

VazaToga cita o jornalista Allan dos Santos

Mensagens obtidas com exclusividade por Oeste revelam que Santos era um dos alvos prediletos do gabinete paralelo montado por Moraes.

Em 19 de novembro de 2022, durante conversas em um grupo informal de WhatsApp, o então chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, encaminhou um relatório sobre Santos.

“Demorou, mas saiu”, escreveu Tagliaferro, referindo-se ao relatório que produziu sobre o jornalista, à época investigado por ter divulgado nas redes sociais o número do celular do ministro. “Vou fazer o ofício. Só peço que validem o conteúdo, por favor.”

Leia também: “Um voto supremo”, reportagem publicada na Edição 287 da Revista Oeste

Confira ainda