Nikolas critica Lula ao assumir relatoria de projeto Anti Facção

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) assumiu a relatoria do projeto que classifica o Primeiro Comando da Capital (PCC), o Comando Vermelho (CV) e as milícias privadas como organizações terroristas. Nesta terça-feira, 23, ele afirmou que pretende entregar um parecer positivo à proposta que deve estar presente no chamado PL Anti Facção.

Em mensagem nas redes sociais, Nikolas atacou a postura do governo federal. Segundo ele, o presidente Lula da Silva se recusa principalmente a reconhecer as facções criminosas como grupos terroristas. O parlamentar declarou desse modo que o projeto de lei vai expor quem apoia os criminosos e quem está ao lado da população. Membros da esquerda são acusados pela oposição e por setores da sociedade de serem tolerantes com criminosos e suposta proximidade a líderes envolvidos com o tráfico de drogas.

Nikolas confronta críticas

O deputado também respondeu a acusações sobre o seu apoio à PEC das Prerrogativas, cujo nome os governistas apelidaram de PEC da Blindagem para distorcer o seu entendimento e confundir o eleitor. Nikolas alegou que seus opositores tentam desviar o foco do debate central sobre segurança pública.

Durante a abertura da Assembleia-Geral da ONU, Lula criticou a proposta em discussão no Congresso. Para o presidente, é preocupante tratar crime organizado com terrorismo, já que a legislação internacional estabelece distinções claras entre os dois conceitos. Nikolas, inclusive, reproduziu em seu perfil o trecho que Lula faz essa crítica.

A relatoria de Nikolas deve acelerar a tramitação do projeto no Legislativo. O deputado informou que já mantém diálogo com colegas da bancada da oposição para consolidar apoio ao texto. Ele reforçou que a população exige respostas firmes diante da expansão das facções no país.

Leia também: “Na contramão da segurança”, reportagem de Fábio Bouéri publicada na Edição 287 da Revista Oeste

Enquanto isso, aliados do governo defendem que a política de segurança não pode se limitar à ampliação de penas. Eles pedem estratégias de prevenção e reforço na inteligência policial. O debate promete intensificar a polarização entre Planalto e Congresso nos próximos meses.

A proposta que trata do enquadramento de facções como terrorismo ainda passará por análise em comissões e pode seguir para votação no plenário da Câmara. A expectativa é de forte embate político.

+ Leia mais notícias de Política na Oeste



Fonte: Revista Oeste

Veja mais

Do mesmo autor

+ There are no comments

Add yours