O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, nesta terça-feira (30/9), que a Casa Branca está prestes a fechar um acordo com a Universidade Harvard. Segundo ele, a instituição desembolsaria cerca de US$ 500 milhões (R$ 2,6 bilhões) para financiar escolas técnicas e programas de capacitação em áreas como inteligência artificial, em um gesto que o governo considera uma forma de “perdão”.
O anúncio foi feito no Salão Oval, durante a assinatura de uma ordem executiva sobre pesquisa em câncer pediátrico. Na ocasião, Trump perguntou à secretária de Educação, Linda E. McMahon, se o entendimento estava encaminhado. “Tudo o que você precisa fazer é colocar no papel, certo?”, disse. McMahon confirmou, e o presidente completou: “Será ótimo”.
Apesar da declaração, Trump reconheceu que o acordo ainda não foi finalizado. “Estamos chegando muito perto. Linda está finalizando os detalhes finais, e eles pagariam cerca de US$ 500 milhões”, afirmou.
Até o momento, Harvard não confirmou a versão apresentada por Trump.
Perdão de “pecados”
O presidente vinculou o possível acerto a um gesto de reconciliação com a universidade, que tem enfrentado disputas com o governo. Segundo Trump, chegar a um acordo significaria que os “pecados de Harvard seriam perdoados”.
“É um grande investimento em escolas técnicas, feito por pessoas muito inteligentes. E então seus pecados são perdoados”, declarou.
De acordo com Trump, Harvard administraria uma rede de escolas profissionais, voltadas ao ensino de novas tecnologias. “Eles vão operar escolas técnicas e ensinar as pessoas a usar IA e muitas outras coisas. Motores, muitas coisas”, disse.
Conflitos
Desde que reassumiu a presidência, Donald Trump tem aumentado a pressão sobre a Universidade Harvard, acusando-a de adotar posturas controversas em relação aos protestos pró-Palestina, às políticas de diversidade e ao tratamento dado a estudantes judeus.
Como parte dessa pressão, o governo congelou bilhões de dólares em subsídios federais e contratos destinados à universidade.
Harvard contestou essas ações na Justiça. Em 3 de setembro, um juiz federal decidiu que a administração havia agido ilegalmente ao cortar cerca de US$ 2,2 bilhões em financiamentos de pesquisa, declarando que o governo excedeu sua autoridade e que parte das ações feriu a liberdade acadêmica da universidade.
Mesmo assim, a pressão do governo continuou, inclusive com uma medida de “suspensão e impedimento” que poderia tirar Harvard do acesso a novos contratos e subsídios federais se não cumprisse exigências administrativas.
Fonte: Metrópoles
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