Brasileira vítima de Jeffrey Epstein fala pela primeira vez

A brasileira Marina Lacerda, vítima dos abusos do financista Jeffrey Epstein, falou pela primeira vez na quarta-feira (4/9) sobre as investidas que começaram quando ela tinha 14 anos.

Marina integra uma vasta rede de mulheres aliciadas pelo bilionário encontrado morto em 2019 no Centro Correcional Metropolitano (MCC, sigla em inglês) de Nova York (Estados Unidos).

Por ser menor de idade à época, sua identidade não havia sido revelada. Agora, com 37 anos, decidiu expor seu caso publicamente.

Em coletiva de imprensa realizada no Capitólio, em Washington, com outras vítimas do financista, pediu que o Congresso dos EUA aprove uma lei que obrigue a divulgação de todos os documentos da investigação.

Na ocasião, afirmou que seu nome consta arquivos confiscados da propriedade de Epstein.

“Nunca pensei que me encontraria aqui”, disse ela. “A única razão pela qual estou aqui é porque sinto que as pessoas que importam neste país finalmente se importam com o que temos a dizer.”

Marina relatou que Epstein a forçou a fazer sexo com ele nas visitas que o fez. “Com Jeffrey Epstein, começa em algum lugar, mas depois termina com você fazendo sexo com ele, goste ou não disso.”

Ela contou tinha 14 anos quando o conheceu. “Eram as férias de verão do ensino médio”.

Mantinha três empregos por precisar cuidar da mãe e da irmã quando uma amiga sugeriu um trabalho como massagista de um homem mais velho, em que ela poderia ganhar US$ 300 dólares (R$ 1.634,37, na cotação desta quinta).

“Eu fui do emprego dos sonhos ao pior pesadelo”, descreveu na entrevista coletiva.

Fonte: Metrópoles

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