Ao discursar durante cerimônia realizada no Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em Brasília, nesta quarta-feira, 10, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a provocar o presidente dos EUA, Donald Trump.
O evento deu início ao processo de conexão de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o petista disse que “em vez de o Trump ficar brigando com a gente, ele poderia vir conhecer o nosso sistema interligado”.
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“Ele (Trump) perceberia que seria muito melhor para os EUA do que ficar brigando com a gente, que não quer brigar”, afirmou Lula.
Em seguida, o presidente disse que o mapa energético do Brasil poderia ser exibido durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em novembro.
“Temos de mostrar isso para o mundo inteiro”, sugeriu o petista. “Se o Trump vier, nós vamos ter de mostrar esse painel para ele comparar com o painel americano. Para ele ver que nós acreditamos em nós, nós somos um país soberano e somos donos do nosso nariz.”
Lula mantém série de provocações a Trump
Em março, ao participar de um evento em uma montadora de veículos, em Betim (MG), Lula disse que “não adianta o Trump ficar gritando de lá”.
“Eu aprendi a não ter medo de cara feia”, completou o petista.
No fim de julho, ao participar de uma cerimônia no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, Lula disse que não aceitaria “desaforo” de Trump.
“Se os EUA quiserem negociar, o “Lulinha’ estará pronto”, afirmou o presidente na ocasião, para logo depois arrematar: “Mas, desaforo, só da dona Lindu”. Ao citar o nome da mãe, o petista insinuou que o governo norte-americano impõe dificuldades no diálogo com o governo brasileiro.
Um boné com a frase “Make Brasil Lula Again” estampada chamou atenção durante a cerimônia. A peça, inspirada no slogan da campanha de Donald Trump nos Estados Unidos, foi exibida por ministros — incluindo a titular da Igualdade Racial, Anielle Franco.
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Em agosto, no 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Lula defendeu a busca por uma moeda alternativa ao dólar.
“Não preciso ficar subordinado ao dólar”, afirmou. “E eu não estou falando isso agora. Em 2004, fizemos isso com a Argentina.”
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Fonte: Revista Oeste
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