O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) iniciou, nesta sexta-feira, 12, a publicação de uma série de vídeos nas redes sociais para comentar sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Primeira Turma da Corte decidiu, nesta quinta-feira, 11, condená-lo a 16 anos, 1 mês e 15 dias de prisão em regime fechado por crimes relacionados à suposta tentativa de golpe de Estado.
Além da prisão, Ramagem também precisará pagar 50 dias-multa, no valor de um salário mínimo por dia e deverá perder o mandato na Câmara. O placar foi de 4 votos a 1, com o ministro Luiz Fux votando pela absolvição. Mesmo com a condenação definida, o deputado ainda pode recorrer da decisão.
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Nos vídeos, o parlamentar disse que a denúncia o colocou no núcleo central do suposto golpe. A base da acusação foi a delação de Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Apesar disso, ele destacou que não aparece em nenhum dos depoimentos dele.
“Mauro Cid prestou depoimento cerca de 16 vezes, mudou a versão em todos eles e, em nenhum, nada do meu nome, em toda a delação”, diz Ramagem. “Os autos da delação têm quatro volumes, quase 900 páginas, e nenhuma menção à minha pessoa.”
Ramagem também afirmou que deixou a administração federal em março de 2022, quando se lançou candidato a deputado federal. “Ainda assim eu estou no núcleo crucial dessa farsa de golpe”, continuou.
“Eles querem criminalizar opinião”, diz Ramagem
Em outro vídeo, o deputado afirma que, como não estava mais no governo federal durante as eleições de 2022, tentaram explicar sua participação na suposta trama golpista com base em opiniões pessoais que encontraram em seu computador.
“Eles disseram que minha atuação pra essa farsa de golpe foi anterior, foi fazer discurso pra criticar a urna eletrônica”, diz. “Encontraram no meu computador anotações particulares minhas, sem transmissão, sem envio pra ninguém, da época que estava sendo discutido na Câmara dos Deputados a PEC do voto impresso, em 2021. Eles querem criminalizar a opinião.”
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Em seguida, Ramagem lembra que figuras carimbadas da esquerda nacional também já fizeram críticas às urnas. Ele cita o próprio ministro Flávio Dino, que votou pela sua condenação.
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Fonte: Revista Oeste
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