A notícia de que os Estados Unidos cogitam restringir os vistos da comitiva brasileira durante a Assembleia-Geral da ONU não é um mero incidente de política internacional. Trata-se, em vez disso, de um tabefe recivilizatório na cara da diplomacia lulopetista, conduzida pelo anão moral Celso Amorim, e sempre ávida por transformar traços autocráticos em tropos universais. Sim, Luís Roberto Barroso. O presidente norte-americano, Donald Trump, está tentando civilizar o regime bárbaro do qual vossa excelência faz parte.
Afinal, que credenciais leva hoje Brasília aos salões do Ocidente? O costumeiro culto à ditadura cubana, o silêncio cúmplice diante dos horrores venezuelanos, a reverência mansa às teocracias e, agora, imagine só, o hediondo apoio ao Hamas — tudo isso sob a capa de retórica do “multilateralismo” e da “autodeterminação”. É preciso não esquecer que o descondenado-em-chefe ousou descrever os bombardeios israelenses em Gaza como “um genocídio”, comparando-os ao extermínio conduzido por Hitler. Não por acaso, Israel declarou-o persona non grata até que se retratasse. E, por óbvio, a retratação não veio. Não se espera do escorpião que aja contra a sua natureza.
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O fato é que, mesmo estando a serviço de narrativas demenciais, a pornochancelaria lulopetista quer ser tratada como moça direita, de família, digna de adentrar os salões mais nobres do grande baile das relações internacionais. É provável que, como tem virado hábito, deem mais uma vez com a porta na cara, tendo ainda que engolir a sugestão de ir procurar sua turma no distrito da luz vermelha mais próximo. O gesto norte-americano de aplicar um filtro mínimo nos vistos não seria exagerado. Ao contrário, tratar-se-ia, inclusive, de uma gentileza. Um aceno aos brasileiros decentes, ainda desejosos de permanecer no mundo civilizado, que não precisa tolerar nos corredores das organizações internacionais a procissão farsesca de quem confunde direitos humanos com agitprop bolivariano.
O cinismo da turma já está sendo mundialmente reconhecido. Quando regimes censuram vozes, enjaulam opositores ou prendem jornalistas, os petistas berram por “soberania nacional”. Mas quando os EUA anunciam a possibilidade de uma medida simples, repleta de sentido político e moral, imediatamente se ergue o brado de “ataque à diplomacia brasileira”! O tom teatral é característico, bem como o sentimentalismo. Nunca se viu um facínora revolucionário que não fosse, também, um poço de autopiedade e slogans melosos.
As gafes de Lula
Se a corte lulopetista for realmente barrada, tanto melhor. Uma vez que, ilegitimamente alçada ao poder, não representam o Brasil, sua ausência nos pouparia da repetição enfadonha das frases feitas sobre “sustentabilidade”, “inclusão”, “multipolaridade” e outros bordões mágicos que apenas encobrem a servidão ideológica dos países-satélites do bloco sino-russo-iraniano.
A ironia seria saborosa. O mandatário que comparou Israel a Hitler, ver-se-ia relegado à condição de turba diplomática que ninguém quer receber, um grupo de párias de gravata. Até os fantasmas dos salões habitualmente progressistas da ONU suspirariam de alívio ao ver a delegação brasileira retida no guichê de imigração, impedidas de empestear o recinto com sua farofada ideológica e suas vestes kitsch de nouveau riche. Em sua lápide, o Barão do Rio Branco respira aliviado…
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Fonte: Revista Oeste
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