Embora os pedidos aprovados na CPMI do INSS não mencionem diretamente o dirigente sindical, o foco está em informações relacionadas ao Sindnapi entre 2015 e 2025, período em que avançaram as apurações sobre descontos ilegais em aposentadorias e pensões.
Um dos requerimentos solicita a lista de pessoas que, mediante procuração, atuaram em nome da instituição nos últimos oito anos. Outro exige os dados de contas bancárias usadas pelo sindicato para receber recursos do Fundo do Regime Geral da Previdência Social.
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Durante a sessão desta quinta-feira, o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), não descartou a possibilidade de chamar Frei Chico para prestar depoimento. O parlamentar sinalizou, entretanto, a necessidade de confirmar que o irmão de Lula tinha conhecimento das fraudes.
Outras entidades são alvos da CPMI
Além do Sindnapi, também entraram na pauta de investigação a Associação Mutualista de Benefícios Coletivos (Ambec) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag).
Os parlamentares querem detalhes de representantes e movimentações financeiras, informações que deverão ser prestadas pela Controladoria-Geral da União (CGU), pela Defensoria Pública da União e pelo Ministério Público Federal.
Outros requerimentos aprovados pela comissão têm como objetivo identificar se entidades sob suspeita eram, na prática, controladas por pessoas não listadas formalmente como sócias, uma estratégia que teria sido usada para mascarar responsabilidades e ampliar as fraudes.
Careca do INSS


Nesta mesma sessão, o colegiado também endureceu o cerco contra o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS. A pedido do senador Magno Malta (PL-ES), foi aprovado o rastreamento de suas visitas ao Senado desde 2011 e à Câmara dos Deputados a partir de 2015, além do acesso às gravações das câmeras de segurança das duas Casas Legislativas.
A comissão também requisitou que a Polícia Federal forneça informações sobre viagens internacionais de Antunes e detalhes de veículos registrados em seu nome ou apreendidos durante a investigação.
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Carlos Viana afirmou que a Polícia Legislativa foi acionada para intimar o empresário a depor: “Nós buscamos primeiramente contato com os advogados de defesa para que eles pudessem marcar, inclusive, o dia que viriam”.
O senador indicou, contudo, que “os advogados também não responderam” e que a intimação foi enviada por meio policial”. O colegiado ainda aguarda a confirmação do cumprimento da notificação.
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Fonte: Revista Oeste
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