O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino de usar a morte do ativista político Charlie Kirk para atacar a anistia. Em seu perfil no Twitter/X, o parlamentar reproduziu, em vídeo, um trecho de uma das falas do ministro, integrante da Primeira Turma da Corte.
“Sem nenhuma empatia e demonstrando total desprezo pela vida, Dino usa a morte de Charlie Kirk para atacar a anistia. Que coisa mais suja e desumana!”, escreveu Jordy.
Dino afirma que “perdão não é igual a paz”
No julgamento dos réus pelos atos de 8 de janeiro, Dino afirmou que iria incluir em seu voto uma reflexão contrária sobretudo à concessão de anistia. “Porque no voto eu tratei sobre anistia, e tratei com muita convicção sobre a ótica da dogmática confessional”.
Segundo o ministro, a anistia não deve ser confundida com pacificação social. “Há uma ideia, segundo a qual, anistia e perdão é igual a paz. E foi feito perdão nos Estados Unidos, e não a paz”.
Dino fazia referência principalmente ao brutal assassinato do jovem conservador norte-americano e apoiador do presidente Donald Trump. O ministro mencionou desse modo o fato e o classificou como “um grave crime político”, para reforçar seu argumento. “Ontem, anteontem, infelizmente, houve um grave crime político. Um jovem, que é de uma posição política aparentemente ao lado do atual presidente dos Estados Unidos, mas pouco importa, levou um tiro.”
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Para o ministro, o caminho para a paz está no funcionamento das instituições, e não no esquecimento dos crimes. “Na verdade, o que define a paz, que nós sempre devemos buscar, não é a existência do esquecimento. Às vezes, a paz se obtém pelo funcionamento adequado das instâncias repressivas do Estado”.
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Fonte: Revista Oeste
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