Na madrugada desta segunda-feira, 1º, o cantor Leonardo interrompeu seu show para declarar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A manifestação ocorreu às vésperas do julgamento do político no Supremo Tribunal Federal (STF).
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O artista colocou uma bandeira do Brasil sobre os ombros e discursou diante do público. “Para esse país maravilhoso que está na crescente: vamos pensar no nosso futuro, nos nossos filhos, nos nossos netos”, começou. “Para não deixar isso aqui virar um país comunista, um país socialista. Bora meu povo, bora meu povo! É 22 na cabeça!”
O registro do episódio ganhou ainda mais alcance ao ser compartilhado no perfil oficial do Partido Liberal (PL) no Instagram. Na descrição da postagem, a legenda afirmou: “Leonardo declarou, publicamente, seu apoio ao nosso amado presidente Jair Messias Bolsonaro!”, descreveu. “Agradecemos e parabenizamos a postura do cantor, que só nos traz mais confirmação: estamos lutando pelo certo, estamos do lado que age correto, e, por isso, a cada dia temos mais nomes ao nosso lado!”
Leonardo é apoiador de longa data de Bolsonaro
O episódio se soma a outras ocasiões em que Leonardo tornou público seu apoio a Bolsonaro. Em outubro de 2022, durante a campanha para o segundo turno das eleições presidenciais, o cantor esteve no Palácio da Alvorada para um almoço com o então presidente. Na ocasião, Leonardo declarou: “Esse país aqui não pode jamais mudar as cores da bandeira, me recusaria a botar uma bandeira futuramente nas minhas costas que tenha uma estrela vermelha”, afirmou, ao confessar que traz seu apoio “do fundo do coração”.
Além das manifestações no período do segundo turno, Leonardo também já havia declarado apoio a Bolsonaro durante a reta final da campanha do primeiro turno das eleições de 2022. Em 30 de setembro daquele ano, um vídeo divulgado nas redes sociais mostrou o cantor ao lado do filho, Zé Felipe, a entoar uma canção de apoio ao então presidente. A letra dizia: “Quem vai ganhar a eleição é quem não está lá na prisão”. Durante a performance, pai e filho intercalavam o refrão com a letra “B”, em referência a Bolsonaro.
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Declaração ocorre na véspera de julgamento no STF
Bolsonaro será julgado no Supremo Tribunal Federal (STF) a partir das 9h desta terça-feira, 2. O processo será conduzido pela 1ª Turma da Corte e envolve também outros sete réus, todos apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como integrantes do núcleo central da suposta tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022.
O ex-presidente cumpre prisão preventiva em casa e responde a cinco acusações principais: tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Somadas, as penas ultrapassam 40 anos de prisão.

O cronograma prevê sessões nos dias 2 e 3 de setembro, e, caso não haja conclusão, o julgamento continuará nos dias 9, 10 e 12 do mesmo mês, sempre a partir das 9h, com sessões extras às 14h em duas dessas datas.
Apesar da possibilidade de um pedido de vista — instrumento que pode interromper temporariamente o julgamento —, a avaliação predominante é de que dificilmente haverá adiamentos significativos, embora não se descarte a chance de que a decisão final só ocorra no fim de 2025, caso o processo seja paralisado.
O caso é considerado inédito, pois será a primeira vez que um ex-presidente brasileiro será julgado no STF pela acusação de tentativa de golpe de Estado. O processo reúne aproximadamente 80 terabytes de conteúdo e levou o tribunal a montar um esquema especial de segurança, com policiais judiciais da Corte e reforço de agentes de outros Estados em regime de 24 horas.
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Fonte: Revista Oeste
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