A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, nesta quinta-feira, 3, o requerimento que determina a intimação do funkeiro MC Ryan à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Pancadões.
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De acordo com o vereador Rubinho Nunes (União Brasil), que preside a comissão, a decisão foi tomada porque o cantor não compareceu à CPI depois de reiterados convites.
“É inadmissível que uma figura pública, citada no contexto da CPI, se recuse a colaborar com os trabalhos do Legislativo”, afirmou Rubinho Nunes durante a sessão. “A intimação é necessária para garantir o andamento da investigação.”
Objetivo da CPI dos Pancadões
Instalada em maio deste ano, a CPI dos Pancadões tem como objetivo investigar quem organiza, financia e lucra com as festas clandestinas nas ruas da capital paulista.

De acordo com Rubinho, moradores de São Paulo reclamam constantemente do som alto dos bailes funk, especialmente aos fins de semana. O parlamentar também afirmou que há relatos de prostituição e tráfico de drogas nos locais onde os pancadões ocorrem.
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Para o vereador, os pancadões não são festas, mas estruturas ilegais, alimentadas pelo crime organizado. Rubinho também disse que as festas clandestinas são uma crise urbana que impacta diretamente as comunidades mais vulneráveis.
A sessão desta quinta-feira foi marcada por embate entre os vereadores. Amanda Paschoal (Psol), que integra a comissão, acusou Rubinho de não ter “empatia com mães de vítimas de violência policial durante as intervenções em pancadões”.
Além disso, a psolista afirmou que a CPI estaria “promovendo a criminalização do funk como manifestação cultural nas periferias”.
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Rubinho rebateu as críticas. O parlamentar defendeu a população trabalhadora das comunidades. Para o vereador, o problema não está no estilo musical, mas na violação do direito ao descanso dos moradores.
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Fonte: Revista Oeste
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